Iraê Lucena defende 'cotas' para mulheres nas Casas Legislativas: 'Mulheres são subrepresentadas'

Para a ex-parlamentar, as mulheres são subrepresentadas nas casas legislativas. “Somos poucas em um universo de 81 senadores, na Câmara Federal, nas assembleias legislativas e câmaras municipais”.

Para a ex-parlamentar, as mulheres são subrepresentadas nas casas legislativas. “Somos poucas em um universo de 81 senadores, na Câmara Federal, nas assembleias legislativas e câmaras municipais”.

irae-lucena (1)A ex-deputada federal Iraê Lucena (PSDB) defende a aprovação da PEC n° 98/2015, que reserva 10%, 12% e 16% de vagas nas casas legislativas dos três níveis do Parlamento brasileiro. Caso aprovada na Câmara Federal, a cota é de pelo menos 10% na primeira legislatura; na segunda de 12%, e na terceira, de 16%. A matéria já foi aprovada no Senado.

Iraê Lucena foi candidata a deputada federal nas últimas eleições, e obteve 5.353 votos. Ela atua como presidente do PSDB Mulher na Paraíba, e é membro do PSDB Mulher nacional.

Para a ex-parlamentar, as mulheres são subrepresentadas nas casas legislativas. “Somos poucas em um universo de 81 senadores, na Câmara Federal, nas assembleias legislativas e câmaras municipais. O que precisamos são ações afirmativas para a mulher ter mais espaço nas casas. Não adianta ter muitas candidaturas, se não conseguimos eleger”.

De acordo com Iraê Lucena, a PEC n°98/2015 ajuda as mulheres a conquistarem o seu espaço na política. “Dia internacional da mulher é todo dia. Ainda precisamos de ações para ter igualdade no parlamento. Por isso, a PEC 98/2015 é importante. Ela sendo aprovada só vale para as eleições de 2018, não para 2016. Mas vai fortalecer para o maior número de mulheres nas casas”.

A tucana destacou as suas ações à frente do PSDB Mulher. “Estamos tentando criar núcleos do PSDB mulher nos diretórios municipais, vamos fazer capacitação para mulheres candidatas a prefeita e vereadora, além de cursos em Brasília. Queremos preparar as candidatas e filiar o maior número de mulheres. Ano passado fizemos isso e foi um bom retorno”.

Ela complementou: “As mulheres têm avançado muito, seja na construção civil, na polícia ou no Judiciário. Está conquistando o seu espaço. Mas os partidos políticos ainda não dão o amparo necessário. É raro ver uma presidente de partido. É algo fechado, masculino. Precisamos ser mais valorizadas na política”.