ILIMAR FRANCO: 'O fim do foro privilegiado'

"São muitas as críticas nos partidos, quando estão na oposição"

imageNão se sabe o tamanho da reforma que a presidente Dilma fará. O número mágico é o de acabar com dez pastas. Mas há espaço para acabar ou tirar o status de 14 a 16 ministros. Esses perderiam direito ao foro privilegiado e passariam a ser simples mortais. Muitos ganharam o status de ministro para escapar da Justiça comum, como no caso do ex-presidente do BC, Henrique Meirelles.

O varejo

São muitas as críticas nos partidos, quando estão na oposição, e dos intelectuais às emendas parlamentares. Elas existem desde sempre com a diferença que agora passaram a ser impositivas. Os que já foram ministros de governo, neste e em outros, argumentam que essa é a forma dos deputados levarem recursos para suas bases (ou distritos eleitorais). Na esmagadora maioria das vezes, essas emendinhas viabilizam as maiores obras dos prefeitos. São verbas para erguer postos de saúde, escolas, creches, ginásios e, até, arcar com transporte escolar para cidades onde há ensino médio ou faculdade. Se o voto distrital for adotado, essa característica será acentuada.

“O PT afunda. O PSDB virou alternativa. Voltamos a polarizar a política nacional. Somos mais conduzidos que construtores. A situação econômica é o nosso combustível”, disse Aecio Neves.

A porta é a serventia da casa

Com elegância, em almoço anteontem, o ministro Gilberto Kassab (Cidades) avisou à bancada no Congresso que a sigla é contra o impeachment. E convidou os que foram a favor dessa posição a ficarem à vontade para deixar a legenda.
A luta pela terra

Índios, inclusive vindos do Paraguai, estão invadindo fazendas no município de Antônio João (MS). Para evitar o pior, o governador Reinaldo Azambuja vai pedir ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) apoio do Exército. Os produtores estão se armando. “Vamos ter conflitos fortes e há risco de perda de vidas”, prevê o líder do governo Delcídio Amaral (foto).

Cortando as asinhas

O relatório da reforma política do Senado fixa o limite máximo de doações por empresa em R$ 10 milhões. Essa redução contraria texto aprovado na Câmara. Os deputados estabeleceram um teto de doações de R$ 20 milhões por empresa.

Puxando o tapete

A liderança de Sibá Machado é colocada em xeque por parte da bancada do PT. A Mensagem, uma tendência da legenda, já andou avaliando deflagar um movimento “Fora, Sibá”. Dizem que por sua falta de comando 18 petistas assinaram o “Fora, Cunha”. Tanto que cerca de 15 dessa ala querem ver o peemedebista pelas costas.

Independência?

A presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro de Souza, foi nomeada pesquisadora em saúde pública na Fundação Oswaldo Cruz. O CNS é responsável pela fiscalização das políticas públicas no setor.

Troca de favores

Chamado de “guerreiro do povo brasileiro” pela Força Sindical, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, criou comissão sobre o financiamento sindical. Paulinho da Força deverá presidi-la.

O mais próximo, e também o mais antigo assessor da presidente Dilma, Giles Azevedo é chamado por petistas do Planalto de “ministro sem pasta”.

O Globo