O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não pretende mexer no regimento interno da Casa para dar ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) permissão para seguir exercendo seu mandato a partir dos Estados Unidos, onde está autoexilado.
“Não há previsibilidade para o exercício do mandato à distância pelo nosso regimento. Isso seria uma excepcionalidade, o que não se justifica para o momento”, disse Motta, em entrevista exclusiva ao Metrópoles nesta quinta-feira (7/8).
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que respeita, mas não concorda com “alguns movimentos” feitos pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e sinalizou que pode decretar a perda do mandato de Eduardo.
“Temos um problema político-jurídico que envolve o deputado Eduardo Bolsonaro, que tomou a decisão de ir aos Estados Unidos e ficar lá defendendo teses que lhe são caras. E essas teses, nós temos que respeitar, ele está no exercício, apesar de não concordar com alguns movimentos que ele tem feito”, afirmou.
Segundo Motta, Eduardo será tratado “com base no regimento”.
“É importante dizer que iremos tratar todo deputado com base no regimento. Não há previsibilidade para o exercício do mandato à distância no nosso regimento” disse.
Ainda de acordo com o presidente da Câmara, Eduardo fez uma escolha em ir aos EUA e ele sabia “do que não seria possível manter”.
“O parlamentar, quando decidiu ir aos Estados Unidos, ele tinha um objetivo, sabia também daquilo que não seria possível manter, quando optou ficar à distância do seu mandato, do Estado que representa”, analisou Motta.
Motta disse que um dos ônus do trabalho dele como presidente da Câmara é o equilíbrio.
“Nós temos que fazer o que é certo e nada nos tirará desse foco”, disse.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba