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HOMENAGEM: Deputados e funcionários relembram a trajetória de Guilherme de Castro na Assembleia Legislativa

A morte prematura do jovem Advogado Guilherme de Castro no último sábado (2), abalou o meio político da Paraíba. Secretário - Geral da Assembleia Legislativa, Guilherme de apenas 28 anos, mostrava mesmo com a pouca idade, indícios da sua grandiosidade e conhecimento dos trâmites jurídicos que regem a Casa Epitácio Pessoa.

Foto: reprodução das redes sociais

A morte prematura do jovem Advogado Guilherme de Castro no último sábado (2), abalou o meio político da Paraíba. Secretário – Geral da Assembleia Legislativa, Guilherme de apenas 28 anos, mostrava mesmo com a pouca idade, indícios da sua grandiosidade e conhecimento dos trâmites jurídicos que regem a Casa Epitácio Pessoa.

Além de secretário-geral da ALPB, Castro também era vice-presidente do Conselho Estadual de Transparência Pública e Combate à Corrupção da Paraíba e havia recebido no final do ano passado, a Medalha de Mérito Tarcísio Burity, uma das maiores comendas da Assembleia.

Considerado por todos da Casa como um prodígio, Guilherme conseguiu ganhar em pouco tempo, o carinho e respeito de todos os funcionários e Deputados que trabalharam com o jovem advogado desde a sua entrada na Assembleia em 2014.

Nessa matéria nós iremos conhecer um pouco mais da trajetória de Guilherme, ouvindo relatos daqueles que tiveram o prazer de presenciar o trabalho e de compartilhar a amizade com alguém que fará muita falta aos familiares, o direito e a política paraibana.

Foto: Redes Sociais

ADRIANO GALDINO – Um dos amigos mais próximos de Guilherme, era o Presidente Adriano Galdino, que nos relatou com exclusividade, como era o trabalho do jovem na Casa Epitácio Pessoa, ” Guilherme era um jovem bastante competente, e equilibrado. Ele conseguiu ser unanimidade dentro da casa, tanto com os Deputados como com as Deputadas e com todos os funcionários”.

“Ele sempre atendia a todos de uma forma muito atenciosa, sempre alegre e sempre projetando dias melhores, não só para a Assembleia, mas para a Paraíba e para o Brasil. Uma coisa que ele passava a todos, era a de alguém que tinha uma alegria contagiante, uma pessoa que vivia a vida em sua plenitude. O que impressionava no Guilherme, era a percepção de um extraordinário bom senso apesar da pouca idade”.

“Guilherme era alguém que estudava muito o direito, sabia todas as jurisprudências, como a do supremo, do STJ, de todos os TRF`s, do TJ Paraíba. Enfim, ele era unanimidade dentro de uma casa tão polêmica e tão diversa, Guilherme abre uma lacuna muito forte dentro da Casa Epitácio Pessoa e tentaremos com a ajuda de todos tentar preencher essa lacuna para que possamos cumprir com as nossas obrigações enquanto Deputados Estaduais”.

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FELIPE LEITÃO – O Deputado Felipe Leitão relata como Guilherme era considerado unanimidade entre os Deputados e como seu conhecimento jurídico impressionava a todos, ” Desde que assumi o mandato de Deputado, eu sempre tive o apoio, a ajuda e o auxílio de Guilherme. Ele era um um funcionário acima da média, eu digo sem medo de errar até que Guilherme poderia ser considerado um gênio. Ele me impressionava por ser alguém de tão pouca idade, mas que tinha muito conhecimento, sabia tudo sobre o regimento interno da casa, sobre os contextos jurídicos, todos os processos legislativos, era alguém muito acima da média”.

“Ele era um amigo sempre disposto a ajudar, para você ter uma ideia, a casa tem trinta e seis Deputados e é difícil você conseguir ser unanimidade entre todos. e Guilherme conseguia ser essa unanimidade e isso impressiona pois cada Deputado tem um pensamento, tem uma ideologia diferente, mas Guilherme com seu jeito agregador, conciliador, com a sua sapiência e com toda sua sabedoria, conseguia agradar a todos e atender as demandas e pedidos de todos os Deputados”.

“Sou um pouco mais velho que Guilherme mas aprendi muito com ele. Não só eu mas como todos os Deputados, até mesmo os mais experientes, aprenderam muito com o Guilherme. Foi uma perda muito lamentável não só para a Assembléia, para nós Deputados ou funcionários, mas principalmente para os seus familiares e seus amigos, que lhe queriam muito bem. Então é uma lacuna enorme que fica nos nossos corações e também na Assembleia Legislativa do estado da Paraíba que perde um dos seus mais valorosos quadros”.

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MICHEL HENRIQUE – Um dos estreantes da Casa, Michel Henrique nos passa a consternação de alguém que era um amigo pessoal de Guilherme e que estava em sua companhia, horas antes do acidente, “A perda inestimável do nosso amigo Guilherme me impactou duramente em duas frentes, tanto na área pessoal como na profissional. Na frente pessoal, nós sempre nos encontrávamos em Areia Vermelha e neste fatídico dia, eu estava com ele até às dezesseis horas, ao lado de mais alguns amigos, em seguida nos despedimos, e acredito que por volta das 19:00 horas, me foi passado o que tinha acontecido”.

“Nessas ocasiões que você vê a efemeridade da vida, no sentido de você estar na companhia de uma pessoa e depois de uma hora e meia, você acaba perdendo um grande amigo. Isso realmente me chocou e faz com que a gente repense algumas prioridades na nossa vida, eu só passei por um choque parecido, quando tive na perda do meu pai, mas a diferença é que infelizmente meu pai já vinha doente e foi acometido pela a covid e no caso de Guilherme, o que me impressiona é a perda tão trágica de alguém muito jovem.

“Falando na esfera profissional, ele era uma pessoa muito dedicado, que vivenciava diuturnamente o ambiente da Assembleia e que transitava bem em todas as frentes, das mais diferentes correntes políticas, se tornando uma unanimidade dentre os Deputados. Eu sou uma pessoa muito espiritualista, muito temente a Deus e só ele sabe explicar os os seus próprios desígnios, agora nos cabe aceitar e pedir a Deus que o receba em um bom lugar e que dê um acalento para sua família, sobretudo para sua mãe que vivia pra ele e acalentar também nós amigos, que ficamos órfãos de um cara do bem”.

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JÚNIOR ARAÚJO – O cajazeirense destacou a competência de Guilherme e se questiona quem poderá ocupar a lacuna de alguém tão importante como Guilherme, ” Há momentos na vida onde a estrada se assemelha mais a um beco sem saída. Este é um desses instantes, uma encruzilhada de dor e perda, onde nos despedimos não apenas de um promissor advogado, mas, sobretudo, de um ser humano incomparável, Guilherme Castro.

” Foi mais do que uma honra compartilhar cm Guilherme, uma parcela dessa jornada existencial. Deixamos para trás não só um colega compromissado e competente, mas sofremos também a ausência dolorosa de um conselheiro sábio e um amigo leal. O questionamento que fica é de quem poderá ocupar uma lacuna tão grande como a que ficou com a morte de Guilherme”.

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GEORGE MORAIS – Outro estreante na Casa Epitácio Pessoa, George Morais compartilha a atenção que Guilhemre tinha com todos e a parceria do jovem com Adriano Galdino, “Guilherme era muito prestativo e atencioso. Sempre encaminhava as matérias que seriam votadas, esclarecendo as dúvidas necessárias. Era notória a confiança do Presidente Adriano no trabalho dele, que funcionava como um grande facilitador das atividades parlamentares dos deputados. Tinha um grande futuro e deixou um legado de competência”.

“Ele foi embora muito cedo e deixará saudades, além de um exemplo de trabalho e dedicação. Vai com Deus e que ele abençoe sua família enlutada”.

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MARIA HELENA TOSCANO – A Diretora da Escola do Legislativo da Paraíba (ELEGIS-PB) e  Secretária Geral da Associação Brasileira de Escolas do Legislativo e de Contas (ABEL) nos relata o prazer que Guilherme tinha em ajudar as pessoas, “Ele fazia questão de ensinar tudo que ele sabia. É tanto que ele sempre era professor de processo legislativo, técnica legislativa e fazia questão de ministrar esses cursos porque ele tinha prazer em ensinar. O altruísmo dele era contagiante, quando ele chegava em um local, ele brilhava, principalmente pelo jeito que Guilherme tratava as pessoas”.

“Fosse um zelador, fosse um deputado, era o mesmo tratamento. Isso era muito bonito nele, e todos sabíamos que ele ia crescer muito. Ele fazia questão de ajudar todo mundo e ele conhecia a parte administrativa da casa, da Assembleia Legislativa como ninguém, sabia os detalhes de cada setor, os trâmite dos processos legislativos. Todos os cursos da casa, nós montávamos uma equipe com os secretários e ele junto a José Neto, Albano e Tiago, ministrava os cursos como um professor voluntário, pois ele tinha esse prazer de ensinar, gostava de sempre passar o conhecimento dele pra frente, pois não recebia absolutamente nada por isso. Era tudo feito por altruísmo.

Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba