Gilmar Mendes: Não vejo razão para impeachment

Em Porto Alegre para dar uma palestra, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu entrevista coletiva no fim da manhã desta sexta-feira e falou sobre os protestos contrários ao governo programados para domingo em todo o país. O evento sobre o sistema prisional ocorreu na Escola Superior da Magistratura (ESM), na capital.

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Em Porto Alegre para dar uma palestra, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu entrevista coletiva no fim da manhã desta sexta-feira e falou sobre os protestos contrários ao governo programados para domingo em todo o país. O evento sobre o sistema prisional ocorreu na Escola Superior da Magistratura (ESM), na capital.

Ao ser questionado pelos jornalistas, disse que o impeachment da presidente Dilma Rousseff seria uma “situação extrema”. “Não vou falar sobre isso. É uma situação política extrema. Teria de haver uma denúncia e depois uma tramitação no Congresso. Mas isso é um modelo de complexidade extrema. Quem tem competência é o Congresso. Em geral, não bastam somente os fatos. Não vejo razão”, declarou.

Sobre a reforma política, o ministro adotou postura cautelosa e disse que o tema é muito complexo. “Isso precisa ser discutido no Congresso, mas temos um número muito alto de partidos. Imagina se fôssemos dialogar com todos. É uma situação quase impossível”, afirmou. “Devemos fazer a reforma. Qual será o modelo eu já não sei. Vai manter a proposta de listas abertas? Vai fazer um sistema distrital? Distrital misto? É uma tarefa muito complexa”.

Sobre a Operação Lava Jato, Mendes reforçou a confiança no ministro Dias Toffoli para um futuro julgamento do processo. “Ele tem atuado com toda isenção nos seus diversos processos e acredito que terá um bom desempenho”. Questionado sobre o encontro com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou que a conversa tenha sido sobre a investigação. Ele ainda se negou a opinar sobre o fato de Renan Calheiros e Cunha estarem sendo investigados.