Por toda sua História o Brasil foi espoliado. Construiu um Estado a serviço das suas elites político-econômicas perversas e iletradas. O patrimonialismo tornou-se algo aceito pelo conjunto da sociedade explorada e oprimida. Pois bem, essa excrescência ganha um novo Símbolo: o ministro Geddel Vieira.
O mesmo comprou um apartamento de mais de quatro milhões de Reais, em um espigão que será construído por seus familiares com vista para a Baia de Todos os Santos. Detalhe: querem construir em uma área tombada como Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil. São dois fortes, dois faróis e igreja do século XVIII, construções históricas em um local que – aprovado esse crime contra a cultura e a sociedade brasileira – terá o tal prédio de trinta andares descaracterizando a paisagem histórica.
São a ganância e a ambição desenfreada, interesses absolutamente privados de poucas pessoas manchando a História, a honra e a cultura dos brasileiros. Esse mesmo ministro foi um dos grandes articuladores do Golpe em nome da “moralidade”. Pois bem. O Geddel exigiu em tom autoritário – típico dos coronéis – que o Ministro da Cultura Marcelo Calero intervisse para que o IPHAN liberasse a obra ou demitiria sua Presidente, e para tanto, já tinha o aval de Temer. Isso se confirmou com o “enquadramento” que o presidente ilegítimo fez ao então ministro.
Para a felicidade da sociedade brasileira Calero gravou as conversas e o caso está nas mãos – iniciativa dele – da Polícia Federal. Temos aí a clareza solar dos motivos do golpe parlamentar: impedir investigações (como declarou Romero Jucá) e continuarem a saquear nossa nação, nossa honra e nossa qualidade de vida.
A economia só piora e no momento em que exigem mais “sacrifícios” da sacrificada sociedade eles aumentam os privilégios e os interesses privados. Enquanto isso querem roubar as Conquistas Previdenciárias e Trabalhistas duramente conquistados ao longo das décadas.
Temer não passa de um Fausto. Vendeu sua alma ao diabo para o próprio deleite e poder, mesmo levando ao inferno a população brasileira. Os banquetes de privilégios com que ele presenteia os poderosos são o símbolo histórico da insensibilidade e perversidade, que sempre caracterizou essas elites retrógradas e corruptas.
“Moral da História”: na Indecência e na Perversidade ninguém interfere para mudar. Foram definitivamente tombadas.
Créditos: Dimas Lucena