Em entrevista

Frei Anastácio diz que PT na Paraíba "não está morto" e afirma que será candidato à reeleição: "Só não serei se morrer"

O deputado federal Frei Anastácio (PT) será candidato à reeleição em 2022. A afirmação é do próprio parlamentar em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta segunda-feira (3). Além dessa afirmação, Frei avaliou o cenário para as eleições estaduais e nacionais para 2022 e criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Eu quero dizer que eu, Frei Anastácio, sou candidato à reeleição em 2022. Isso só se eu morrer ou tiver alguma coisa que eu não possa, mas eu sou candidato à reeleição, e tenho visto dentro do partido que serei o nome prioritário, como também o companheiro Anísio Maia para a reeleição dele a deputado estadual”, afirmou em resposta a bastidores afirmando de que ele poderia se lançar para deputado estadual e Luiz Couto a deputado federal.

Frei disse ainda que espera que outras lideranças do partido surjam para disputarem cargos em 2022, citando o ex-deputado Luiz Couto, por exemplo.

Lula candidato em 2022

Frei defendeu que Lula deve ser candidato cabeça de chapa para as eleições presidenciais de 2022. Disse que o PT e as forças de esquerda devem trabalhar para que o petista vença o pleito em primeiro turno. Contudo, ele disse que atualmente não é o momento de tratar das eleições, mas sim na condução da pandemia.

“Em 2022 a grande vitória é Lula voltar a ser candidato a presidente da república e vencer as eleições para de fato mudarmos toda essa realidade política brasileira no tocante ao governo federal. Lula, na minha opinião e pelo o que eu acompanho junto à bancada é de que ele é candidato a presidente da república. Nós vamos juntar para ganharmos no primeiro turno. Isso eu tenho consciência dessa questão”, disse.

Comissão interventora

Sobre o imbróglio que envolveu as comitivas nacional e municipal do PT nas eleições municipais em 2020, Frei reconheceu que a comissão interventora que está à frente do diretório da Capital está “parado”, mas afirmou que estão acontecendo reuniões entre lideranças da sigla acompanhando a política paraibana e nacional, e afirmou que o “PT não está morto”.

“Ele tem uma comissão interventora, mas agora está parado, pois a própria comissão não tem tido a capacidade de tocar o debate político, mas o PT tem se reunido, a comitiva estadual tem se reunido semanalmente, temos discutido o futuro da Paraíba, do Brasil, então o PT não está morto não, o PT está vivo na Paraíba”, disse sobre o tema.

Na ocasião, o diretório municipal lançou o nome de Anísio Maia (PT) como candidato a prefeito de João Pessoa, mas uma ala do partido na Paraíba, com apoio da executiva nacional, optou por apoiar a candidatura de Ricardo Coutinho (PSB).

Eleições na Paraíba

Frei Anastácio disse que a nível local não existe definição de qual rumo a sigla tomará, se terá candidatura própria ou irá apoiar outro candidato, como vem sendo ventilado um possível apoio à candidatura de reeleição do governador João Azevêdo (Cidadania).

“Nós temos o GTE, o Grupo de Trabalho Eleitoral. Esse grupo vai refletir e decidir. No momento nós não temos ainda com quem vamos caminhar ou apoiar. O Grupo vai reunir as lideranças, discutir e aprofundar isso para definir qual vai ser o caminho”, disse.

Ele explicou que a decisão também passará pela direção nacional. Ele afirmou que o PT Nacional também tem um GTE e que junto com a direção estadual, irão discutir qual é o melhor caminho para o partido em 2022 na Paraíba.

Governo Bolsonaro

Perguntado como avalia o governo do presidente Jair Bolsonaro como o “pior possível”, citando os problemas que país vem enfrentando durante a pandemia do novo coronavírus.

“O pior possível e digo isso não por fazer oposição, mas hoje vivemos uma das maiores crises sanitárias dos últimos anos no Brasil, onde temos 400 mil mortos, sem falar nas pessoas que ficaram sequeladas pela doença, fruto desse governo que aí está”, criticou. “É um governo genocida mesmo”, finalizou.

Entre outras consequências da doença que Frei creditou a culpa em Bolsonaro, foi, segundo ele, o número superior a 50 mil crianças e adolescentes órfãs, que perderam pais e/ou mães para a Covid-19, o que chamou de “dilemas graves”, e o pagamento do auxílio emergencial.

Frei disse que torce para que a CPI da Pandemia “funcione”,  já que na sua avaliação ela pode “nos oferecer bastante elementos em termos de futuro sobre esse governo que aí está”, complementou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba