
PP e União Brasil formalizaram nesta terça (19) a criação da federação União Progressista, que atuará de forma conjunta nas eleições de 2026 e 2028. Apesar do discurso de oposição ao governo Lula, os partidos não pretendem entregar imediatamente os ministérios e cargos que ocupam.
A federação terá a maior bancada da Câmara (109 deputados), do Senado (14 senadores) e o maior tempo de TV e rádio, além de mais recursos dos fundos partidário e eleitoral. Nacionalmente, os partidos ainda discutem se rompem ou não com o governo, porque isso significaria abrir mão de ministérios importantes e da Caixa Econômica Federal.
A Paraíba é um dos principais focos de disputa interna da federação. O Senador Efraim Filho (União) quer comandar a União Progressista na Paraíba, com apoio do PL e da família Bolsonaro. Ele é adversário do governador João Azevêdo (PSB) e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).
Lucas Ribeiro (PP), atual vice-governador, deve assumir o comando do Executivo estadual em 2026, quando João Azevêdo deixará o cargo para disputar o Senado. Tanto Efraim Filho quanto Lucas Ribeiro são pré-candidatos ao governo da Paraíba em 2026.
A decisão de quem comandará a federação no estado será tomada em abril de 2026, pela direção nacional, com base em quem estiver mais forte nas pesquisas.