Eleições 2026

FEDERAÇÃO UNIÃO/PP: Veja como fica a situação na Paraíba e a divisão dos comandos por estado

O União Brasil e o PP anunciaram o lançamento de uma federação entre os dois partidos. O grupo já nasce como o maior do Congresso

FEDERAÇÃO UNIÃO/PP: Veja como fica a situação na Paraíba e a divisão dos comandos por estado


O União Brasil e o PP anunciaram o lançamento de uma federação entre os dois partidos. O grupo já nasce como o maior do Congresso e com o maior número de governadores e prefeitos, mas ainda enfrenta divergências internas entre as duas legendas e, em alguns casos, dentro até do mesmo partido.

Nove estados ainda precisarão ter as presidências definidas.

Entre os estados indefinidos estão São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que, por serem os principais colégios eleitorais, farão parte de uma negociação envolvendo diretamente as cúpulas nacionais dos dois partidos.

Já há acordo para a divisão do comando de 18 das 27 unidades da federação. Por acordo entre as duas siglas, o União Brasil vai ter o comando do Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará e Rio Grande do Norte.

Por sua vez, o PP indicará as presidências de Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.

A divisão obedeceu diversos critérios. Um deles estabelece que onde o partido tiver o governador do estado haverá prioridade, outro diz que o número de deputados federais influenciam na decisão.

Mesmo nos comandos já definidos há divergências

O deputado Mendonça Filho (União-PE) não concorda que seu estado fique com o PP.

Assim como deputados do PP da Bahia, que são governistas resistem a serem comandados pelo União Brasil, que é oposição ao governo estadual comandado pelo PT.

No Amazonas, mesmo com o comando sob o União Brasil, o deputado Pauderney Avelino (União-AM) possui uma desavença com o governador do Amazonas, Wilson Lima (União), que irá influenciar na federação. Todos esses parlamentares insatisfeitos ameaçam sair no ano que vem, no período da janela partidária.

A federação também tem sinalizado que vai se afastar do governo. Hoje o União tem os ministérios do Turismo, Integração Nacional e Comunicações, e o PP possui o Ministérios dos Esportes e o comando da Caixa.

Segundo ACM Neto, a ideia é que no final deste ano, a federação se reúna para decidir se retira ou não as participações nos cargos do governo.

Há ainda um conflito na Paraíba entre o senador Efraim Filho (União-PB) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) que envolve disputas por vagas de candidaturas nas eleições estaduais de 2026.

Apesar disso, os parlamentares ainda vão tentar um acordo quando estiver mais próximo da eleição.

Outro atrito que a cúpula da federação vai ter que administrar é a intenção do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de ser candidato a presidente.

Outro que precisará convencer a cúpula dos dois partidos para manter suas pretensões eleitorais é o senador Sergio Moro (União-PR), que deseja concorrer ao governo do Paraná.

O deputado Ricardo Barros (PP-PR) e o presidente do PP, Ciro Nogueira, são rivais de Moro desde quando ele era o juiz responsável pela operação Lava-Jato.

Fonte: Folha de Pernambuco
Créditos: Polêmica Paraíba