Um dos principais assuntos dessa pré-campanha visando à eleição de 2026, é a disputa entre Lucas Ribeiro e Cícero Lucena pela vaga do grupo de João, para o pleito de 2026.
Em um embate que não engloba apenas ideias e alianças, uma das principais diferenças entre os dois é a questão da idade.
Enquanto Cícero irá completará 68 anos em agosto, tendo 69 na época da eleição, Lucas fará 36 também no próximo mês de agosto e 37 no pleito de 2026.
Pensando em comparar a situação entre os dois, o Polêmica Paraíba apresenta os três candidatos ao Governo mais jovens e os três mais velhos da história da Paraíba.
Avenzoar Arruda: 32 anos – 1994
Avenzoar disputou sua primeira eleição em 1992, quando se tornou Vereador da capital ao atingir 1.027 votos. Considerado um dos principais nomes da esquerda no estado, disputou o Governo Estadual em 94, com apenas 32 anos, quando ficou na terceira colocação com mais de 70 mil votos.
Após não disputar à reeleição para a Câmara Municipal, se torna o primeiro Deputado Federal paraibano eleito pelo PT no pleito de 1998, nas eleições seguintes, não tenta um retorno para Brasília, ao se candidatar para o Governo pela segunda vez.
Consegue melhorar a votação que teve em 1994, mas fica mais uma vez na terceira colocação ao atingir um pouco mais de 200 mil votos. Tenta ser Prefeito da Capital em 2004 e Deputado Estadual em 2006, naquela que foi a sua última eleição.
Pedro Cunha Lima : 34 anos – 2022
Filho do ex-Governador Cássio Cunha Lima e neto do ex-Governador Ronaldo Cunha Lima, Pedro apareceu para a política em 2014, quando foi eleito Deputado Federal com quase 180 mil votos, com apenas 26 anos.
Reeleito em 2018, Pedro foi alçado a nome da oposição no pleito contra João Azevêdo em 2022, em uma disputa em que muitos chamavam o então Deputado de azarão, ao competir com nomes como Veneziano e Nilvan Ferreira.
Após um primeiro turno em que teve pouco mais de 23%, contra 39% de João, Pedro chegou no segundo turno, considerado carta fora do baralho, mas isso acabou não se refletindo na realidade, em uma disputa acirrada, com João se reelegendo com 52,51%, contra 47,49% de Pedro.
Marcelino Rodrigues: 31 anos – 1998
Representante histórico do PSTU na Paraíba, Marcelino disputou sua primeira eleição em 1996, quando tentou ser Vereador de João Pessoa com apenas 29 anos.
Dois anos depois, se candidatou ao Governo do Estado com 31 anos, até hoje o mais jovem a tentar ocupar o cargo máximo da política paraibana.
Rodrigues ficou na última colocação daquele pleito com pouco mais de 9 mil votos, disputando mais sete eleições, incluindo outra tentativa ao Governo em 2010 e o cargo de segundo suplente de Senador, em seu último pleito no ano de 2014.
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João Azevêdo: 69 anos – 2022
Após se eleger em 2018 ainda no primeiro turno, João disputou a reeleição em 2022, em um embate geracional parecido com o travado por Cícero e Lucas.
Enquanto Pedro foi o terceiro candidato mais jovem à concorrer ao Governo, Azevêdo foi o terceiro mais velho na história, com 69 anos na data da eleição.
Em uma disputa definida nos detalhes e com João vencendo em praticamente todo o interior, o Governador se reelegeu em uma eleição histórica, atingindo pouco mais de 1,2 milhão de votos.
José Maranhão: 85 anos – 2018
Em 2018, Maranhão vinha de uma vitória na disputa pela única vaga da Paraíba ao Senado em 2014, mas se encontrava como terceira força de uma oposição esfacelada e que via Ricardo Coutinho terminar o segundo mandato, com altos índices de aprovação.
Tendo Lucélio Cartaxo como o outro nome da oposição no pleito, Maranhão teve seu pior desempenho em disputas para o cargo de Governador, atingido apenas 17,44% dos votos, enquanto Cartaxo teve 23,41%, com João sendo eleito em primeiro turno, ao atingir 58,18% dos votos.
Uma curiosidade sobre o saudoso José Maranhão, é que se formos pegar a eleição de 2010, Maranhão seria o segundo mais velho a disputar o cargo de Governador, tendo na época 77 anos e seria o terceiro, pois tinha 73 em 2006.
Flávio Ribeiro Coutinho: 73 anos – 1955
Correligionário de Epitácio Pessoa, foi Prefeito de Itabaiana por breve período. Em 1924 foi eleito Deputado Estadual, porém renunciou ao ser escolhido segundo vice-presidente do estado no governo João Suassuna.
Eleito deputado federal logo após o mandato de Suassuna se tornou Deputado Federal, mas teve o mandato extinto em decorrência da Revolução de 1930.
A seguir militou em partidos de âmbito estadual e durante o Estado Novo integrou órgãos como o Conselho de Administração e presidiu o Departamento Administrativo da Paraíba, além de presidir a Associação Comercial do respectivo estado e o Sindicato da Indústria do Açúcar, o qual fundou.
Fundador da UDN paraibana ao lado de José Américo de Almeida e Argemiro de Figueiredo, presidiu o diretório estadual da legenda e foi eleito Deputado Estadual em 1947 figurando como suplente de Deputado Federal no pleito seguinte.
Graças às articulações de José Américo visando a sua sucessão, os grandes partidos realizaram um acordo em torno do nome de Flávio Coutinho ao Palácio da Redenção. Eleito Governador em 1955 com pouco mais de 90% dos votos, até hoje a maior vantagem proporcional da história, Coutinho acabou pedindo licença do cargo para tratamento de saúde, renunciando ao cargo.
Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba
