Ex-assessor de Bolsonaro é o próximo a fazer delação sobre plano do golpe

Marcelo Câmara é um coronel do Exército e ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Durante o programa Fórum Onze e Meia desta quarta-feira (13), o jornalista e professor da UFRJ Felipe Pena afirmou que mais um membro do núcleo duro do bolsonarismo vai delatar o esquema do golpe tramado pelo ex-presidente e militares em 2022.

Mauro Cid reforçou seu acordo de delação nesta semana ao dar um depoimento de nove horas à Polícia Federal explicando mais detalhes sobre o golpe.

Segundo a apuração de Pena, Marcelo Câmara, também militar e ex-assessor de Bolsonaro, deve ser uma das figuras a abrir o bico sobre a trama golpista.

Marcelo Câmara é um coronel do Exército e ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi preso em uma operação da Polícia Federal (PF) que apura tentativas de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, a Tempus Veritatis. 

Ele também é suspeito de estar envolvido no caso da “Abin paralela” e foi citado como pessoa de interesse no inquérito que apura indícios de adulteração no cartão de vacina de Bolsonaro, na operação Venire.

“Marcelo Câmara participava pessoalmente do núcleo duro da Abin Paralela. Ele respondia diretamente ao Bolsonaro, porque ele era o principal assistente do Mauro Cid. Ele toma esse lugar [do Mauro Cid] e passa a ser o principal assessor do Bolsonaro. Ele sabe de tudo também e está preso e está prestes a fazer a delação premium. Ele vai ser o próximo. O advogado dele já disse que ele fará uma delação premiada e vai confirmar tudo que a gente já sabe”, afirma o jornalista.

“Agora a gente sabe que houve uma última reunião no dia 28 de julho, também com a participação do Marcelo Câmara, que era quem, no final das contas, articulava tudo isso e tem muita culpa no cartório e por isso está tentando se salvar. A novidade é essa, meus queridos e minhas queridas. Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro, o principal assessor depois de Mauro Cid, é o próximo a fazer delação. Não há como escapar”, completa Pena.

Fonte: Revista Fórum