Após repercussão

Em nota, Ministério da Defesa defende consumo de leite condensado e chiclete: 'potencial energético' e 'higiene bucal' - LEIA

O Ministério da Defesa (MD) publicou uma nota nessa quarta-feira (27) acerca da polêmica dos gastos com alimentação por órgãos do governo que ganhou destaque nacional durante essa semana. Na nota, o Ministério se pronunciou acerca de dois dos itens que mais chamaram a atenção da população por conta da quantia gasta por eles: o leite condensado e chiclete.

A nota começa defendendo que os gastos em alimentação são para os militares, um dever das Forças Armadas, que, segundo o comunicado, são mais de 370 mil na ativa.

Sobre o leite condensado, o Ministério alegou que ele pode ser utilizado na substituição do leite fresco, e defendeu o consumo do alimento por parte dos militares por conta do seu “potencial energético”.

“O leite condensado é um dos itens que compõem a alimentação por seu potencial energético. Eventualmente, pode ser usado em substituição ao leite. Ressalta-se que a conservação do produto é superior à do leite fresco, que demanda armazenamento e transporte protegido de altas temperaturas”, diz trecho da nota.

Já sobre as compras de goma de mascar, o MD alegou que o produto ajuda na higiene bucal das tropas, chegando até a subsistir o ato de escovar os dentes, em ocasiões de impossibilidade do mesmo.

“No que se refere a gomas de mascar, o produto ajuda na higiene bucal das tropas, quando na impossibilidade de escovação apropriada, como também é utilizado para aliviar as variações de pressão durante a atividade aérea”, explicou o ministério.

Nesta semana ganhou destaque nacional um levantamento realizado pelo Portal Metrópoles que expôs os gastos com alimentação em 2020 por parte do governo. Entre vários alimentos, chamou a atenção do público o gasto de mais de R$ 15 milhões de reais com leite condensado e mais de R$ 2 milhões em goma de mascar.

Confira a nota na íntegra:

O Ministério da Defesa (MD) informa que as Forças Armadas devem, por lei, prover alimentação aos militares em atividade. Ao contrário dos civis, os militares não recebem qualquer auxílio alimentação.

O efetivo de militares da ativa é de 370 mil homens e mulheres, que diariamente realizam suas refeições, em 1.600 organizações militares espalhadas por todo o País.

O valor da etapa comum de alimentação, desde 2017, é de R$ 9,00 (nove reais) por dia, por militar. Com esses recursos são adquiridos os gêneros alimentícios necessários para as refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar). Esse valor não é reajustado há três anos.

As Forças Armadas têm a responsabilidade de promover a saúde da tropa por meio de uma alimentação nutricionalmente balanceada, em quantidade e qualidade adequadas, composta por diferentes itens.

O leite condensado é um dos itens que compõem a alimentação por seu potencial energético. Eventualmente, pode ser usado em substituição ao leite. Ressalta-se que a conservação do produto é superior à do leite fresco, que demanda armazenamento e transporte protegido de altas temperaturas. 

No que se refere a gomas de mascar, o produto ajuda na higiene bucal das tropas, quando na impossibilidade de escovação apropriada, como também é utilizado para aliviar as variações de pressão durante a atividade aérea.

Salienta-se ainda que, em 2020, as Forças Armadas mantiveram plenamente suas atividades, uma vez que a defesa do País e a segurança das fronteiras marítima, terrestre e aérea, bem como o treinamento e o preparo, são essenciais e não foram interrompidas. As Operações Covid-19 e Verde Brasil 2 demandaram um enorme esforço das tropas diuturnamente. Só no combate à pandemia, mais de 34 mil militares atuaram diariamente em todo o território nacional.

Em suma, considerando o efetivo das Forças Armadas, é natural que os totais de gêneros, quando somados, apresentem valores compatíveis com sua missão e tarefas.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba