Em acareação, Duque diz que delator é mentiroso

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O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque chamou Augusto Mendonça, ex-executivo da Toyo Setal e delator do esquema do petrolão, de mentiroso durante acareação promovida, hoje, pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras em Curitiba. Mendonça disse que repassava propina a Duque e ao PT por meio de doações intermediadas pelo ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, que também participou da acareação. Duque criticou ainda a Justiça, que o mantém preso há seis meses.

A operação Lava Jato investiga irregularidades em contratos de empreiteiras com a Petrobras. Segundo as investigações, empresas teriam formado um cartel para superfaturar contratos com a estatal. Parte do dinheiro obtido com o superfaturamento seria repassada para políticos e partidos como o PT, PMDB e PP.

No início da acareação, Augusto Mendonça foi questionado se ele confirmava os depoimentos dados à Justiça Federal nos quais ele relatava o pagamento de propina a Duque e as doações feitas ao PT. Segundo Mendonça, as doações feitas ao PT seriam descontadas do “saldo” de propina que deveria ser repassada a Renato Duque.

Ao ser questionado sobre as declarações de Mendonça, Duque atacou o delator. “Conforme orientação do meu advogado, vou me manter em silêncio e só gostaria de deixar ressaltado que o senhor Augusto é um mentiroso.  Ele mente na delação e ele sabe que está mentindo”, afirmou.

Questionado sobre os ataques de Duque, Mendonça manteve-se calmo. “Eu confirmo tudo o que eu disse nos meus depoimentos”, afirmou.

Em meio ao clima tenso entre Duque e Mendonça, João Vaccari Neto não respondeu aos questionamentos feitos pelos deputados. “Vou me manter em silêncio”, repetia Vaccari na maior parte das vezes em que foi questionado pelos parlamentares.