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ELEIÇÕES 2026: Novas federações poderão ditar o rumo das próximas eleições pelo Brasil - VEJA AS POSSÍVEIS UNIÕES E O IMPACTO NA PARAÍBA

O Polêmica Paraíba apresentará uma matéria com às definições de momento e como essas federações podem impactar às próximas eleições.

ELEIÇÕES 2026: Novas federações poderão ditar o rumo das próximas eleições pelo Brasil - VEJA AS POSSÍVEIS UNIÕES E O IMPACTO NA PARAÍBA

As federações partidárias foram instituídas pela Reforma Eleitoral de 2021, com o objetivo de permitir que as legendas atuem de forma unificada em todo o país.

De acordo com o TSE, na prática, funcionam como uma única agremiação partidária e podem apoiar qualquer candidato, desde que permaneçam assim durante todo o mandato. Assim, as federações devem vigorar por, no mínimo, quatro anos.

Essa união serve em sua maioria para que os partidos possam aumentar seu tamanho para maior recebimento do fundão eleitoral para às legendas maiores e como salvação na cláusula de barreira para aqueles partidos menores, que graças às federações podem sobreviver e ter direito ao valor para às campanhas.

Nas eleições de 2022, três federações foram instituídas (PT-PCdoB-PV, PSOL-Rede e PSDB-Cidadania), mas nenhuma dessas deve se sustentar nas próximas eleições, enquanto novas já estão formadas e outras estão em prospecção.

Pensando em mostrar como os partidos estão se movimentando para 2026, o Polêmica Paraíba apresentará uma matéria com às definições de momento e como essas federações podem impactar às próximas eleições.

PP – União Brasil

A união PP e União Brasil, se for consolidada, pode transformar totalmente o xadrez político do chamado ‘Centrão’.

A federação reuniria 108 deputados e se tornaria o maior agrupamento da Câmara, superando com folga o PL (92 parlamentares). Além disso, teria a terceira maior bancada do Senado (treze), seis governadores e um quarto dos 5 571 prefeitos do país.

Essa união prejudicaria o plano de dois presidenciáveis. Lula que tem alinhamento com alguns nomes do União, ficaria à deriva, dada à posição do Presidente do PP, Ciro Nogueira, um nome abertamente bolsonarista.

Já o Governador Ronaldo Caiado (União – GO), não deverá encontrar no PP, um ambiente favorável para a sua candidatura, vide o posicionamento de Ciro Nogueira, de ficar ao lado de um nome apoiado por Bolsonaro, mesmo com a posição mais à direita do goiano.

PROBLEMAS NA PARAÍBA

Integrantes dos dois partidos avaliam que, apesar das conversas avançadas, a proposta de criação de uma federação entre os dois partidos ainda esbarra em entraves regionais e um desses estados seria a Paraíba.

União Brasil e PP são rivais declarados no nosso estado, com Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado, sendo um dos nomes colocados a se candidatar ao Governo pela oposição, enquanto o grupo liderado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) quer lançar o vice-governador, Lucas Ribeiro (PP) na chapa de João Azevêdo.

COMO FUNCIONARIA A FEDERAÇÃO?

O comando dos 27 diretórios estaduais ficaria dividido em três terços, com nove estados sob a guarda do PP, nove com o União Brasil e nove liderados pela direção nacional. A presidência ficaria seis meses sob o comando do PP e o mesmo período sob a guarda do União Brasil.

A federação já teria nome — União Progressistas — e até logo.

A proposta inicial é que o primeiro presidente seja o deputado Arthur Lira (PP-­AL), que deixou este ano a chefia da Câmara e que deve ser candidato ao Senado em 2026.

A expectativa de articuladores dos partidos é aparar as últimas arestas ainda neste mês de abril.

MDB e Republicanos

Essa federação ainda está em suas conversas iniciais, mas se for finalizada, tem tudo para bater de frente com PP e União Brasil.

Os dois partidos teriam juntos 89 deputados, a terceira maior bancada da Câmara, e 15 senadores, a maior bancada do Senado ao lado do PSD.

Assim como está ocorrendo nas negociações para a formação da federação entre União e PP, o grande entrave para a aliança do MDB e do Republicanos deve ser regional.

DIVERGÊNCIAS NA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

Os dois partidos fazem parte da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o MDB ocupa uma espaço maior na Esplanada com três ministérios: Cidades, Transportes e Planejamento. Já o Republicanos é representado apenas por Silvio Costa Filho no comando da pasta de Portos e Aeroportos.

Além disso, o Republicanos tem no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-ministro e aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um possível candidato à Presidência.

A formação da federação obrigaria os dois partidos a apoiarem o mesmo candidato a presidente em 2026.

Integrantes do governo federal alimentam a esperança de atrair o apoio do MDB para a eventual candidatura de Lula à reeleição. Com a união com o Republicanos, o plano poderia ficar mais difícil.

PSDB – Podemos e Solidariedade

O PSDB que um dia já foi um dos maiores partidos do Brasil, hoje respira por aparelhos e após ser recusado pelo PSD, deve se juntar à Podemos e Solidariedade.

Após perder a Governadora Raquel Lyra, para o partido comandado por Gilberto Kassab, o PSDB se viu tendo que se reinventar para se manter relevante no cenário nacional.

O processo com o Podemos é o que está mais adiantado. A união entre os dois terá 27 deputados federais, 401 prefeitos e 5330 vereadores. 

O nome do partido deve ser inicialmente Podemos/PSDB, mas não está descartada a possibilidade da agremiação ser rebatizada como Moderados ou Independentes.

Na sequência a federação tem o intuito de incorporar o Solidariedade, com a pretensão de lançar um nome à Presidência, que pode ser o Governador gaúcho Eduardo Leite, que pode deixar o partido para também ingressar no PSD, o que pode acelerar esse processo, com a pretensão de que Eduardo e outros grandes nomes se mantenham nos quadros do PSDB.

PT – PV e PCdoB

A federação formada em 2022 por partidos ligados à esquerda, não deve continuar nas próximas eleições.

A avaliação interna do PT nacional é que essas legendas atrapalharam o avanço dos petistas, especialmente nas eleições municipais, onde o PT foi mal.

Nomes do PT criticam principalmente alas do PV que não apoiaram os petistas em algumas cidades, como no caso de João Pessoa, onde o PV preferiu ficar ao lado de Cícero Lucena, mesmo com à candidatura de Luciano Cartaxo.

Se a federação realmente acabar, o PV deve procurar outra federação, enquanto o PT e o PCdoB podem formar uma nova federação, incorporando alguma outra legenda.

E OS OUTROS PARTIDOS?

A federação PSOL e Rede deve se manter visando o pleito de 2026, mas com a derrota do grupo de Marina Silva, nas últimas eleições nacionais, a Rede pode escolher outro caminho.

Tirando esses dois, os outros partidos que poderão se unir a alguma federação são PDT, que quase se uniu ao PSDB em 2024 e o Cidadania, que após o fim da parceria com o PSDB, pode tentar se juntar à outra legenda, com o intuito de não ficar de fora da cláusula de barreira nas próximas eleições.

PL, PSD, PSB,NOVO, AVANTE e PRD deverão se manter sozinhos nas próximas eleições.

Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba