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ELEIÇÕES 2022: como a atual posição de parlamentares paraibanos vai influenciar suas decisões em 2022?

Embora ainda cedo para os posicionamentos que serão adotados por parlamentares paraibanos na eleição do próximo ano no que tange aos apoios à Presidência da República, fica cada vez mais cristalino um dilema que poderá em 2022: como vão conciliar tal definição com suas posições na Paraíba?

Embora ainda cedo para os posicionamentos que serão adotados por parlamentares paraibanos na eleição do próximo ano no que tange aos apoios à Presidência da República, fica cada vez mais cristalino um dilema que poderá em 2022: como vão conciliar tal definição com suas posições na Paraíba?

A preço de hoje, ao passo que são aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), virtual candidato à reeleição, deputados paraibanos são aliados, também, do governador João Azevêdo (Cidadania), adversário político do presidente no plano nacional. Outros, ainda esperam as decisões dos seus partidos para tomar uma decisão.

Afinal, como os parlamentares vão solucionar tal equação? Essa é a pergunta que deverá ser respondida, por exemplo, pelo deputado federal Wilson Santiago (ainda no PTB). Alinhado às pautas administrativas de Bolsonaro no Congresso Nacional, também pertence à base de apoio ao governador João Azevêdo.

O deputado Hugo Motta (PRB), que no plano nacional também compõe a base de apoio ao presidente, na Paraíba não esconde o desejo de apoiar João Azevêdo em 2022. “O nosso partido irá sim reivindicar uma vaga na majoritária. O que não está nos meus planos é disputar a questão do Senado, mas na majoritária sim, nós vamos reivindicar”, disse em entrevista à TV Arapuan.

O deputado Julian Lemos (PSL) também poderá se deparar com um dilema semelhante. Isso porque, sendo agora aliado ao governador João Azevêdo no campo político e na seara administrativa, o parlamentar tem um ponto de vista diferente do governador quando o assunto é o ex-presidente Lula: o deputado não considera apoiar o petista no próximo ano. Ele, no entanto, também prega uma alternativa a Bolsonaro. Poderá, assim, apoiar uma terceira via no plano nacional.

Alinhado ao governador João Azevêdo, o deputado federal e pré-candidato ao Senado Efraim Filho também terá que superar tal impasse no próximo ano, já que atualmente continua a integrar a base de apoio político e administrativo ao presidente Bolsonaro na Câmara. Recentemente, João Azevêdo sinalizou não querer alianças com candidatos alinhados ao Palácio do Planalto. Dessa forma, é a candidatura dele ao Senado que vai definir a questão, caso venha a ser convidado a compor com o governador.

O mesmo ocorre com Aguinaldo Ribeiro (PP), também cotado para o cargo de senador. Embora vote com o governo Bolsonaro em pautas administrativas e tenha influência e proximidade com ministros, ele tem se afastado politicamente do Planalto, e uma possível aliança com o governador, na Paraíba, tende a afastá-lo de vez de Bolsonaro em 2022.

Dilema tucano

Deputados do PSDB não fogem à regra: embora Ruy Carneiro, Pedro Cunha Lima e Edna Henrique façam oposição a João Azevêdo na Paraíba, o partido ainda não tem um candidato definido para 2022 no plano nacional e ainda discute se lançará candidatura ao Governo do Estado.

Na Paraíba, há ainda a expectativa que o partido apoie Romero Rodrigues para o Governo do Estado. Ocorre que o ex-prefeito de Campina Grande é aliado de Bolsonaro, mas Pedro Cunha Lima, por exemplo, já disse que torce por uma terceira via no próximo ano, e não esconde a preferência por Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.

A esquerda

Na esquerda, a cena se repete, porém, aparentemente, de forma mais tranquila. É o caso do deputado Frei Anastácio, do PT, que apoia a reeleição de João Azevêdo e a candidatura de Lula em 2022. Para isso, espera uma composição de PT e Cidadania na Paraíba, o que já é alvo de discussões internas nas duas siglas.

Por fim, tem a situação do deputado Damião Feliciano (PDT), que deverá apoiar Ciro Gomes para a Presidência da República, e deve procurar alinhar este caminho com as decisões locais. Aliado de João Azevêdo, ambos poderão ficar em palanques opostos se o governador fechar com Lula no próximo ano.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba