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ELEIÇÕES 2022: Presidenciáveis emitem manifesto contra "agressão à democracia" - LEIA NA ÍNTEGRA

Um grupo de seis possíveis candidatos à presidência em 2022 divulgaram um manifesto em defesa da democracia, da Constituição Federal de 1988 e contra o autoritarismo. O manifesto, um pacto de “não agressão” já é tratado pelos bastidores como um “embrião” de uma aliança ampla de Centro. O manifesto foi divulgado na última quarta-feira (31), dia em que integrantes da cúpula do governo Bolsonaro comemoraram a ditadura militar de 1964.

Seis presidenciáveis, a preço de hoje, assinaram o manifesto: Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), João Amoêdo (Novo), Eduardo Leite (PSDB), Luis Henrique Mandetta (DEM) e Luciano Huck (sem partido).

Informações de bastidores apontam que, à exceção de Ciro Gomes, os demais já vinham tendo conversas reservadas sobre a necessidade de se criar uma terceira via com o intuito de quebrar a polarização política protagonizada pela esquerda, com o ex-presidente Lula (PT) e a direita, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo o Estadão, os presidenciáveis do centro direita à centro esquerda seguem juntos em um grupo de WhatsApp, chamado “Polo Democrático”, que conta ainda com a participação do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.

O governador do Rio Grande do Sul disse ao Estadão que esse manifesto é o “primeiro passo” para a construção de uma aliança para as eleições em 2022.”Não significa convergência absoluta, algo que não temos nem no nosso partido. Mas percebo a disposição de um diálogo permanente sobre outros temas”, disse.

Já o governador de São Paulo, João Doria, disse que “o manifesto integra seis visões e personagens da política brasileira, tomando como eixo central os valores democráticos do País e a proteção do seu povo”.

Amoêdo falou em o manifesto ser uma “semente”: “Existem diferenças ideológicas, mas o manifesto pode ser uma semente. Ainda é cedo, mas a lógica é buscar convergências”, disse.

“Homens e mulheres desse país que apreciam a liberdade (sic), sejam civis ou militares, independentemente de filiação partidária, cor, religião, gênero e origem, devem estar unidos pela defesa da consciência democrática (sic). Vamos defender o Brasil”, diz trecho do manifesto.

Leia o documento na íntegra:

Muitos brasileiros foram às ruas e lutaram pela reconquista da Democracia na década de 1980. O movimento “Diretas Já”, uniu diferentes forças políticas no mesmo palanque, possibilitou a eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, a volta das eleições diretas para o Executivo e o Legislativo e promulgação da Constituição Cidadã de 1988. Três décadas depois, a Democracia brasileira é ameaçada.

A conquista do Brasil sonhado por cada um de nós não pode prescindir da Democracia. Ela é nosso legado, nosso chão, nosso farol. Cabe a cada um de nós defendê-la e lutar por seus princípios e valores.

Não há Democracia sem Constituição. Não há liberdade sem justiça. Não há igualdade sem respeito. Não há prosperidade sem solidariedade.

A Democracia é o melhor dos sistemas políticos que a humanidade foi capaz de criar. Liberdade de expressão, respeito aos direitos individuais, justiça para todos, direito ao voto e ao protesto. Tudo isso só acontece em regimes democráticos. Fora da Democracia o que existe é o excesso, o abuso, a transgressão, a intimidação, a ameaça e a submissão arbitrária do indivíduo ao Estado.

Exemplos não faltam para nos mostrar que o autoritarismo pode emergir das sombras, sempre que as sociedades se descuidam e silenciam na defesa dos valores democráticos.

Homens e mulheres desse país que apreciam a LIBERDADE (sic), sejam civis ou militares, independentemente de filiação partidária, cor, religião, gênero e origem, devem estar unidos pela defesa da CONSCIÊNCIA DEMOCRÁTICA (sic). Vamos defender o Brasil.

Ciro Gomes, Eduardo Leite, João Amoedo, João Doria, Luciano Huck, Luiz Henrique Mandetta.

Fonte: Polêmica Paraíba com Estadão
Créditos: Polêmica Paraíba com Estadão