Apesar do fim de sua licença da Câmara nesta segunda-feira (4), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que não pretende retornar ao Brasil e que seguirá atuando nos Estados Unidos para reforçar sanções contra o país.
A declaração foi feita em entrevista à jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, após a decretação de prisão domiciliar do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo alega que, se voltar, será preso, e defende a aprovação de uma anistia que alcance “todos os perseguidos” pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Se eu retornar, sei que vou ser preso. Primeiramente, tenho que tirar o Alexandre de Moraes dessa equação, anular ele, isolá-lo. A gente tem que aprovar uma anistia para que alcance todos os perseguidos por Moraes. Os meus planos aqui são: ou tenho 100% de vitória, ou 100% de derrota. Ou saio vitorioso e volto a ter uma atividade política no Brasil, ou vou viver aqui décadas em exílio”, afirmou.
Segundo ele, um documento será enviado à presidência da Câmara para comunicar oficialmente sua permanência nos EUA, alegando “perseguição” como motivo para não retornar.
Durante o período de licença, os custos do deputado estavam sendo cobertos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Com o fim do afastamento, os gastos voltaram a ser pagos com recursos públicos.
Na entrevista, Eduardo também saiu em defesa das tarifas impostas por Donald Trump contra o Brasil e agradeceu a atenção recebida pelo atual presidente dos EUA. Ele ainda afirmou que os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), “estão entrando no radar das autoridades americanas” por não pautarem o pedido de anistia e o impeachment de Moraes.