Política

Eduardo Bolsonaro diz que será candidato à Presidência em 2026 se pai estiver inelegível

Deputado federal é alvo de denúncia da PGR por coação em processo judicial envolvendo tentativas de beneficiar Jair Bolsonaro junto aos EUA.

Deputado Eduardo Bolsonaro visita o senador Chico Rodrigues (DEM/RR), que pode ser o relator na sabatina para a indicação do novo embaixador brasileiro nos EUA. Brasilia 09-08-2019. Foto: Sérgio Lima/PODER 360
Deputado Eduardo Bolsonaro visita o senador Chico Rodrigues (DEM/RR), que pode ser o relator na sabatina para a indicação do novo embaixador brasileiro nos EUA. Brasilia 09-08-2019. Foto: Sérgio Lima/PODER 360

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta terça-feira (23/9) que pretende disputar a Presidência da República em 2026, caso seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), esteja fora da disputa. Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF e considerado inelegível até 2062.

Em entrevista aoMetrópoles, Eduardo afirmou:

Eu sou, na impossibilidade de Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República; por isso que o sistema corre e se apressa para tentar me condenar […] para tentar me deixar inelegível.

Denúncia da PGR

Na segunda-feira (22/9), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Eduardo e o influenciador Paulo Figueiredo por coação em processo judicial. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, os denunciados teriam tentado subordinar interesses da República e da coletividade aos seus próprios interesses familiares, por meio de articulações junto ao governo dos Estados Unidos.

Se a denúncia for aceita pelo STF, ambos responderiam pelo crime de coação (artigo 344 do Código Penal), que prevê 1 a 4 anos de reclusão e multa. O crime consiste em usar violência ou grave ameaça para favorecer interesses próprios ou de terceiros contra autoridades ou pessoas envolvidas em processos judiciais, administrativos ou arbitrais.

Possíveis repercussões

Eduardo afirmou ainda que, se for considerado inelegível devido às denúncias, isso poderia gerar questionamentos internacionais sobre a eleição brasileira:

“Seria um tanto quanto humilhante para o presidente Trump permitir que um brasileiro, por ter ido à Casa Branca, seja tido como inelegível numa eleição do Brasil.”