votação na câmara

"E o que é que tem?”: Veja a forma rápida e o desdem do presidente da Câmara e da vereadora Eliza Virginia na hora de votar o aumento de salário

Damásio já previa que a matéria traria uma péssima repercussão para a casa. E trouxe. Mas a preocupação de Corujinha foi se havia quórum.

“E o que é que tem?”, foi o que disse o presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, João Corujinha, quando alertado sobe o projeto de Lei Complementar que aumentou o salário dos vereadores, do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais.

Damásio já previa que a matéria traria uma péssima repercussão para a casa. E trouxe. Mas a preocupação de Corujinha foi se havia quórum.

No vídeo, (confira aqui) é possível compreender que o PLC foi colocado em pauta sem que boa parte dos parlamentares tivesse conhecimento sobre o tema. Tanto que o vereador Lucas de Brito chega a perguntar: “Presidente, o projeto foi lido só um número.  Do que é que se trata? Não dá para discutir uma coisa que só tem o número”, explica Lucas.

Ao lado da vereadora Eliza Virginia, Corujinha demonstra pressa para terminar a votação que aumentaria o próprio salario, e  tenta justificar que não será um aumento:

“Eu quero justificar que é apenas uma revisão”.

VOTAÇÃO

Os vereadores de João Pessoa ignoraram a pandemia e aprovaram, nesta quarta-feira (16), o aumento dos próprios salários, do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais. Houve reajuste também para os servidores da Câmara Municipal. Os projetos foram colocados na pauta pelo presidente da Casa, João Corujinha (PP), o mesmo que havia negado anteriormente o reajuste.

O aumento vai valer para a legislatura que se inicia em 2021 e se estende até fevereiro de 2025. O Projeto de Lei Complementar de autoria da mesa diretora prevê a elevação dos subsídios dos parlamentares de forma escalonada. Para 2021, os salários atualmente de R$ 15 mil serão elevados para R$ 16,7 mil. O do presidente da Câmara vai para R$ 21,7 mil.

A votação teve os votos contrários de Sandra Marrocos (PT), Lucas de Brito (PV) e Thiago Lucena (PRTB). Marcos Henriques (PT) se absteve. Já Marcos Vinícius (PL) e Léo Bezerra (Cidadania) não estavam no plenário na hora da votação. O vereador Lucas de Brito criticou a votação e lembrou que o tema foi rejeitado anteriormente e que o pagamento dos novos patamares é ilegal. Isso porque o reajuste foi fixado após as eleições. Este entendimento já foi consolidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba