Política

Dono de banco suíço financiou campanha de Eduardo Cunha

Ministério Público da Suíça informou autoridades brasileiras sobre dinheiro não declarado

Dono de banco suíço financiou campanha de Eduardo Cunha

cunha-rompido (1)Dono do BSI, banco suíço em que Eduardo Cunha também teria conta, o banco brasileiro BTG Pactual doou, em 2014, R$ 500 mil para a campanha do hoje presidente da Câmara dos Deputados. A existência da conta foi revelada pelo Ministério Público suíço.

Segundo relatório de Cunha apresentado ao TSE, a doação ocorreu no dia 11 de agosto. Odinheirofoi entregue pelo BTG ao PMDB, que o repassou para a campanha do deputado. Em 14 de julho, 28 dias antes, o banco brasileiro anunciara a assinatura de acordo para a compra do BSI.

Negócio fechado
A compra do BSI, até então controlado por um grupo italiano, foi concluída no dia 15 do mês passado.

África
Em 2013, o BTG Pactual adquiriu, por US$ 1,5bilhão, parte das operações da Petrobras na África. Na época, o valor foi considerado muito baixo. À Polícia Federal, o empresário e lobista João Henriques disse que a propina a Cunha estava relacionada à venda, para a Petrobras, de campo de petróleo no Benin, na África.

Outras doações
Em 2014, a campanha de Cunha arrecadou R$ 6,8 milhões e contou com doações de outras grandes empresas, como Santander, Bradesco e Líder Táxi Aéreo. Na eleição de 2002, o orçamento de Cunha foi de apenas R$ 329 mil e quase todas as doações foram de pessoas físicas: Claudia Cruz, mulher do deputado, contribuiu com R$ 2 mil. Segundo o MP suíço, ela também tem conta por lá.

Ministro de Aécio
O livro ‘José Junior no fio da navalha’, de Luis Erlanger, contará que, animado com a possibilidade chegar à Presidência, Aécio Neves ofereceu ao líder do AfroReggae a possibilidade de escolher entre três ministérios: Juventude, Direitos Humanos ou Cultura.

Jornal O Dia