Imbróglio

Documento de pagamento a Rafael Cunha teria sido assinado por contador exonerado em Cabedelo; contador nega

Um documento disponível no portal da transparência da prefeitura municipal de Cabedelo abriu mais um capítulo da novela envolvendo o acordo de desapropriação de terras firmado entre a gestão municipal e o humorista Rafael Cunha.

O documento trata do empenho do pagamento da parcela restante do acordo por parte da prefeitura municipal, que seria no valor de R$ 295 mil. Contudo, esse documento, com data de dezembro de 2019, está assinado pelo ex-contador do município, Arthur José Albuquerque Gadêlha, que foi exonerado do cargo em novembro de 2018.

Procurado pela reportagem do Polêmica Paraíba, Arthur Gadêlha afirmou ter conhecimento desse documento, mas que o mesmo não tem validade, pelo fato de ter sua assinatura no período que não era mais contador de Cabedelo.

Arthur alertou que os valores descritos no documento não batem com os valores acordados entre prefeitura e Rafael, insinuando que o documento, na sua visão, falso, foi publicado com o intuito de prejudicá-lo.

“Não é válido de forma alguma. Tentaram fazer uma emenda. Não pode ser em nenhum momento considerado. É uma falcatrua que usaram meu nome com o intuito de prejudicar”, disse Arthur.

Ele argumentou ainda que logo depois de que o documento foi publicado, o mesmo foi retirado do portal da transparência e ele não conseguiu mais ter acesso. Porém, em pesquisa ao portal da transparência do município de Cabedelo, ainda é possível acessá-lo.

Arthur se referiu ao valor do documento em questão para também justificar que ele não é válido. Na documentação, o valor do acordo seria de R$ 2.655.000,00, porém o acordo firmado foi de R$ 2.955.000,00. O número de lotes envolvidos na negociação também é diferente.

A reportagem do Polêmica Paraíba tentou entrar em contato com o secretário de finanças de Cabedelo, Ricardo Luiz, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

Clique aqui e confira o documento.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba