Fator Bolsonaro

DIREITA OU ESQUERDA: veja o cenário dos governos da América do Sul e a situação da pandemia

Sejam de direita ou de esquerda, há países que conduziram melhor a crise

O esquerdista Castillo venceu as eleições no Peru após uma disputa apertada e intensa contra a direitista Keiko Fujimori. No entanto, Keiko deve judicializar a disputa, contestando o número de votos, algo que vem se tornando comum. A eleição remete o Brasil de 2014, após a vitória de Dilma, Aécio Neves não se contentou e ali começava a crise política que conhecemos os capítulos até hoje.

No Peru, um dos países da América do Sul mais atingidos pela pandemia, a instabilidade política se estende durante toda a crise causada pelo novo coronavírus. O país é governado por Francisco Sagasti, centrista que era presidente do Congresso. E assim como no Brasil, um país com crise política tem situação potencializada durante a pandemia. O Peru é o segundo país do continente com maior número de óbitos pelo coronavírus.

Uma das provas de que a política negacionista do Governo Bolsonaro, que aposta no tratamento ineficaz invés da vacina e na imunidade de rebanho através da contaminação, foi fundamental para o Brasil viver a situação atual pode ser atestada se comparado aos governos pela América do sul. Sejam de direita ou de esquerda, há países que conduziram melhor a crise. A própria Venezuela, mergulhada em instabilidade, tem números que nem se comparam aos do Brasil. O Uruguai, do direitista Luis Alberto Lacalle Pou, tem situação controlada e apostou forte nas vacinas.

Os números foram atualizados na última sexta-feira (11) pela Johns Hopkins University, referência nos dados sobre a pandemia:

Brasil – 17,1 mi casos, 480 mil mortes (Bolsonaro, dir)

Peru – 1,98 mi casos, 187 mil mortes (Francisco Sagasti, centro)

Colômbia – 3,61 mi casos, 92.923 mortes (Iván Duque Márquez, dir)

Argentina – 4,04 mi casos, 83.272 mortes (Alberto Fernández – esq)

Chile – 1,45 mi casos, 30.141 mortes (Sebastián Piñera – dir)

Equador – 434 mil casos, 20.903 mortes (Guillermo Lasso, dir)

Bolívia – 393 mil casos, 15.177 mortes (Luis Arce , esq)

Paraguai – 382 mil casos, 10.278 mortes (Mario Abdo Benítez – dir)

Uruguai – 326 mil casos, 4.816 mortes (Luis Alberto Lacalle Pou – dir)

Venezuela – 247 mil casos, 2.764 mortes (Nicolás Maduro, esq)

Guiana – 17.939 casos, 417 mortes (Irfaan Ali, esq)

Suriname – 17.313 casos, 373 mortes (Chan Santokhi, esq)

Guiana Francesa – 25.093 casos, 129 mortes

Fonte: Samuel de Brito
Créditos: Polêmica Paraíba