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Dirceu pede que militantes ocupem as ruas no dia do julgamento de Lula

Dirceu pede que militantes ocupem as ruas no dia do julgamento de Lula

Condenado duas vezes na Operação Lava Jato e em prisão domiciliar, o ex-ministro José Dirceu (PT) conclamou os militantes petistas a ocuparem as ruas de Porto Alegre e em 24 de janeiro, quando está previsto o julgamento em segunda instância do ex-presidente Lula. Em nota divulgada nesta quarta-feira (13), Dirceu diz que é preciso “transformar a fúria, a revolta, a indignação e mesmo o ódio em energia, para a luta e o combate” (leia a íntegra da nota ao final do texto). O petista está em prisão domiciliar, em Brasília, com uso de tornozeleira eletrônica.

Segundo ele, é hora de “denunciar, desmascarar e combater a fraude jurídica e o golpe político”. O ex-ministro, ex-deputado e ex-presidente do PT defende a criação de milhares de comitês em todo o país para a defesa de Lula. “Às ruas para ir às urnas e derrotar os inimigos da democracia, da soberania, do povo trabalhador e do Brasil”, diz em referência à possibilidade de a Justiça barrar a candidatura do ex-presidente ao Palácio do Planalto em 2018.

Triplex do Guarujá

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, marcou para o fim de janeiro o julgamento do recurso apresentado pelo ex-presidente Lula em relação à sentença do juiz Sérgio Moro que o condenou pelo caso do “triplex do Guarujá”. O julgamento é relativo ao caso em que o ex-presidente é acusado de receber propina disfarçada por meio de um tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.

De acordo com a condenação de Moro, Lula recebeu R$ 3,7 milhões da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012, em consórcio com a Petrobras. Ao todo, nas contas da Lava Jato, o esquema criminoso movimentou R$ 6,2 bilhões em propina, gerando à petrolífera um prejuízo estimado em R$ 42 bilhões. Para o MPF, Lula era o elo entre o esquema partidário de corrupção e a estrutura de governo.

O dinheiro foi usado, segundo a acusação, na reforma do triplex do Edifício Solaris, no Guarujá (SP), que a Lava Jato afirma ser de Lula. A denúncia também acusava Lula de usar parte do valor no custeio do armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016, em empresa especializada. Na mesma sentença, no entanto, Moro absolveu o ex-presidente pelas “apesar das irregularidades no custeio do armazenamento do acervo presidencial, não há prova de que ele envolveu um crime de corrupção ou de lavagem”.

A defesa do ex-presidente contesta o que chama de “tramitação recorde”. “Estamos aguardando os dados que pedimos à Presidência do Tribunal sobre a ordem cronológica dos recursos em tramitação.”

 

Fonte: Congresso em Foco
Créditos: Congresso em Foco