Bastante aplaudida e recebida com gritos de “Volta, querida!”, a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT) começou com muita aprovação sua fala na audiência pública proposta pelo deputado Jeová Campos.
No primeiro momento relembrou que a democracia no Brasil foi feita a base de sangue derramado: “Foi um ato construído pelo povo brasileiro e que agora está em risco”. Falou comentando o processo de impeachment.
Golpe Militar X Impeachment
Dilma usou uma metáfora para explicar a diferença entre o golpe militar e o atual golpe que lhe tirou momentaneamente do poder. “A democracia é a árvore. O golpe militar corta a árvore, simplesmente. O atual golpe é como encher a árvore da democracia de parasitas.”
Cassação de Cunha e Pedaladas
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Relembrou que não tem dinheiro na Suíça, dando uma clara alfinetada no deputado Eduardo Cunha, que aceitou, quando presidente da Câmara dos Deputados, o pedido do seu afastamento. “Como não encontraram nada sobre mim, não encontraram dinheiro meu na Suíça, inventaram que os decretos agora são pedaladas. Que em nenhum momento eu usei em proveito próprio, ou para proveito de outras pessoas. Decretos de execução diária no orçamento do nosso país, para o Ministério da Educação e da Saúde.” Dilma ainda exemplificou e disse que outros presidentes fizeram uso do mesmo procedimento e não foram impedidos por isso. “FHC fez entre 20 a 30 decretos. O presidente Lula também fez. Não era crime nessa época, e não foi crime ano passado”.
Obra do Geisel
“Na República Velha, se você era amigo do Governo você recebia recursos, se você brigava com o governo, você recebia penalidades. Uma nação republicana, mesmo com nossos opositores, temos como prioridade que governamos para a população”. Dilma começou a comentar o caso do viaduto do Geisel citando como era o procedimento político durante a república velha, baseada em oligarquias e em favores políticos. “Tirar R$17 milhões de uma obra fundamental para o povo de João Pessoa e que já está 60% concluída é um desrespeito a prática republicana. Não é governar para a população, é ficar na politicagem”.
Fonte: Polêmica Paraíba
