Investigação

Confira a lista de obras investigadas pela Operação Bleeder e como funcionava o desvio de dinheiro

Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (18) a Operação Bleeder, pela Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Federal (MPF). As investigações estão acontecendo para apurar suposto esquema criminoso na execução de 53 obras para a construção de barragens em 11 municípios paraibanos.

Segundo levantamento feito pela CGU, as obras investigadas totalizam aproximadamente R$ 79 milhões, tendo sido constatados indícios de sobrepreço e superfaturamento na ordem de R$ 13,3 milhões e R$ 8,2 milhões, respectivamente.

Segundo o blog Conversa Política, do Jornal da Paraíba, um dos alvos da operação é filho de um engenheiro apontado como operacionalizador do esquema, atuando como projetista, fiscal ou executor das obras investigadas, entre 2013 e 2019. Esse engenheiro, João Feitosa, era servidor estadual e faleceu em abril deste ano, por complicações da Covid-19. Seu filho “assumiu” o posto dentro da suposta organização.

Antes de falecer, o engenheiro atuava como responsável técnico de obras em Aguiar, Ingá, Pedra Branca, Riachão do Bacamarte e Gado Bravo, que ainda estavam em fase de elaboração de relatório, além das obras já em execução.

Ainda conforme o Conversa Política, toda a movimentação do grupo foi relatada em delação premiada. Segundo Ednaldo Medeiros Nunes, que foi preso e condenado no âmbito da Operação Recidiva, depois do projeto desse servidor ser aprovado no Ministério da Integração Nacional e os recursos da União serem empenhados para o município, os empresários que emprestariam a fachada da empresa tinham que depositar 10% na conta-corrente indicada por ele.

Com a liberação do primeiro repasse federal para o município, que normalmente é de 50% do valor do convênio, mais 10% eram depositados pelos empresários da conta indicada por João. Ainda segundo o delator, havia o pagamento de um “acordo”, geralmente de 3%, para outros empresários que concorressem na licitação. As declarações dadas na delação premiada foram cruzadas com trocas de mensagens por WhastApp, corroborando o que foi dito pelo delator.

O blog Conversa Política tentou entrar em contato com a defesa dos investigados, mas não obteve resposta. O blog também listou as obras alvo de investigação na Operação Bleeder. Confira a seguir:

 

Fonte: Polêmica Paraíba com Conversa Política
Créditos: Polêmica Paraíba com Conversa Política