por maioria dos parlamentares

Comissão Especial rejeita regras mais brandas aos policiais na Reforma da Previdência

A base aliada a Bolsonaro conseguiu derrubar dois destaques que alterariam as normas de aposentadoria dos integrantes da segurança pública

A quarta versão do parecer do relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), foi aprovada nesta quinta-feira (04/07/2019) na comissão especial da Câmara dos Deputados. Em votação nominal, a vitória se deu por 36 votos a favor e 13 contra. A decisão foi celebrada por parlamentares pró-reforma, que ficaram de pé e bateram palma pelo resultado final.

Um pouco mais tarde, a base governista conseguiu outra vitória, ao rejeitar, em bloco, todos os 99 destaques individuais apresentados ao texto principal. Foram 35 votos a 13 pela inadmissibilidade desses destaques.

Na sequência, o colegiado começou a analisar os 17 destaques de bancada que ainda restam, um de cada vez. E aí surgiu o primeiro problema para o bloco governista.

A base aliada a Bolsonaro conseguiu derrubar dois destaques que alterariam as normas de aposentadoria dos integrantes da segurança pública – o que agradou a equipe econômica, mas enfureceu os policiais. Os governistas conseguiram barrar os destaques de número 47, da bancada do Podemos, e o 40, do PSD, que buscavam estender as regras especiais de aposentadoria das Forças Armadas (como idade mínima menor e pedágio de tempo adicional para se aposentar reduzido) a policiais federais, agentes penitenciários e agentes socioeducativos.

O movimento foi liderado pelo PSL, do presidente Jair Bolsonaro. Assim que o segundo destaque foi rejeitado, policiais que acompanhavam a comissão atacaram o partido, o presidente e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), aos gritos de: “Bolsonaro traidor” e “O PSL traiu a polícia do Brasil”.

Obstrução frustrada

Além do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), orientaram pela aprovação do texto-base PP, PL, PSD, MDB, PRB, PSDB, DEM, Solidariedade, Podemos, Pros, PTB, PSC, Cidadania, Novo, Avante e Patriota.

Foram contrários ao parecer: PSB, PDT, PT, PCdoB, PV, Rede e PSol. Antes da votação do texto-base, foram analisados requerimentos regimentais apresentados pela oposição como parte do “kit obstrução” para atrasar os trabalhos da comissão.

Fonte: O Dia
Créditos: O Dia