COMISSÃO DE ANISTIA: Bolsonaro comenta pedido de indenização feito por Dilma e debocha: "Como ela trabalhou, hein?"

O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou, nesta quinta-feira, (28), sobre as pensões que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) recebe em quatro estados brasileiros. “Como ela trabalhou, hein?”, declarou o mandatário da República durante sua semanal transmissão ao vivo nas redes sociais.

O chefe do Executivo federal comentava decisão da Comissão de Anistia que negou um pedido de Dilma para uma indenização de R$ 10,7 mil mensais por perseguição na ditadura militar.

A comissão foi criada em 2002 com o objetivo de oferecer reparação a vítimas ou familiares de vítimas de perseguição durante a ditadura militar (1964-1985). Atualmente, a comissão é vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

“A Comissão de Anistia rejeitou do Ivan Valente e rejeitou da Dilma Rousseff. Agora, Dilma Rousseff rejeitou também por quê? Entre outros motivos, porque a nossa querida Dilma Rousseff já recebe indenização, uma pensão, em quatro outros estados. Como ela trabalhou, hein?”, disse Bolsonaro.

Dilma foi presa e torturada durante o regime militar. A defesa da ex-presidente acionou a comissão para que fossem reconhecidas a indenização e a contagem de tempo para efeitos de aposentadoria do período em que ela esteve presa, em 1970, até a promulgação da Lei da Anistia, nove anos depois.

Durante sessão do colegiado, prevaleceu o entendimento de que o pedido da petista não poderia ser analisado, uma vez que ela já teve a anistia reconhecida pelo governo do Rio Grande do Sul. Ela também tem anistia nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Segundo os integrantes da Comissão de Anistia, Dilma tentou usar o colegiado como via recursal.

O colegiado também negou pedido de indenização do deputado Ivan Valente (PSol-SP) que, assim como Dilma, foi perseguido durante a ditadura.

Assalto a caminhões de carga
Durante a live desta quinta, o presidente Jair Bolsonaro também comentou as declarações de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma Rousseff, durante a novela “Amor e Revolução”, do SBT, veiculada em 2011.

Em uma das falas, Araújo disse que ele e Dilma praticavam “ações sociais”. “Pegávamos caminhões de carne na Baixada Fluminense e distribuíamos em favelas”.

“Assaltavam caminhões de carga. Olha a atividade da Dilma Rousseff, né? Curtindo uma lua de mel com Carlos Araújo, assaltando caminhões de carga na Baixada Fluminense”, afirmou Bolsonaro.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Metrópoles