
Cientista político paraibano diz que indicação de Alexandre de Moraes para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal e “inadequada e incorreta”. O cientista político e professor José Artigas comentou a indicação é uma afronta a sociedade brasileira.
Em contato com a redação do Polêmica Paraíba, Artigas comenta que o novo ministro é um figura reconhecidamente partidarizada e por esse motivo, inadequada para a função. O contato direto de Alexandre com o PSDB faz com que a ordem constitucional fique partidarizada: “Abre suspeição à frente do Supremo em um processo que pode criminalizar o presidente da República, que foi já citado em delações à Lava Jato”.
A experiência de Alexandre na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostrou que o perfil do magistrado é antidemocrático e de “inimigo do povo”: “Ele transformou a polícia numa máquina de matar. A polícia do estado de São Paulo mata mais em um ano do que toda a polícia dos Estados Unidos. De quatro homicídios, um é cometido pela polícia”.
O recém empossado teve uma carreira meteórica e não tem expressividade nem profissional nem acadêmica. Ainda segundo Artigas, Alexandre teve um episódio polêmico em sua carreira como professor de Direito. Em sala de aula, o então professor introduziu uma discussão retórica sobre o uso da tortura para obtenção de informação sensível. Sua posição como defensor da tortura como “método investigativo” o faz incorreto para o cargo atribuído a ele pelo presidente Temer.
Fonte: Polêmica Paraíba