Paraíba - A deputada estadual Cida Ramos (PT) adotou um tom claro ao comentar, nesta terça-feira (8), as especulações sobre possíveis filiações de nomes como o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), ao Partido dos Trabalhadores.
Para ela, apesar da possibilidade de alianças pontuais, não há espaço para que figuras com trajetórias políticas e ideológicas tão distintas integrem o partido.
“Me perguntam: cabe Adriano, cabe Cícero no PT? Eu acho que não cabe, em função dos valores que eles defendem, das ideias, da trajetória política, que é muito diferente. Não quer dizer que não possa ter algumas alianças, agora eles entrarem no PT, não cabe”, afirmou a petista.
Cida também sinalizou restrições a alianças com o presidente da Câmara, Hugo Motta, (Republicanos) e o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), nas eleições de 2026.
“O que assistimos recentemente foi uma resposta muito forte do povo brasileiro. O povo não aceita esse tipo de política que apresenta surpresas e até sinais de deslealdade”, declarou.
Unidade interna no PT
Apesar das críticas, Cida Ramos pregou a unidade interna no PT para enfrentar os desafios do próximo ciclo eleitoral. Disse que buscará diálogo com lideranças como o ex-governador Ricardo Coutinho e o deputado estadual Luciano Cartaxo, ambos com trajetória marcada por disputas internas no partido nos últimos anos.
“Precisamos ter unidade, precisamos nos fechar para fazer a defesa do partido, do que representamos em termos de valores e do que podemos avançar. Então, essa unidade eu vou procurar o tempo inteiro. É difícil? É. Mas é possível”, concluiu.