"prisão não passa despercebida"

Candidato à presidência da Argentina sobre prisão de Lula: Estado brasileiro está criando um mito

Os argentinos têm enorme reconhecimento e carinho por Lula. E sua prisão não é algo que passa despercebida", comentou

Candidato a presidente na Argentina, o advogado e professor de Direito Penal Alberto Fernández, que tem como vice em sua chapa a ex-presidente Cristina Kirchner, esteve nesta quinta-feira 4 na sede da Polícia Federal em Curitiba para visitar o ex-presidente Lula. “Para mim é uma alegria ver Lula, uma figura importante para todos nós. Os argentinos têm enorme reconhecimento e carinho por Lula. E sua prisão não é algo que passa despercebida”, comentou.

Como jurista, Fernández lamentou que um fato como a prisão de Lula aconteça na América do Sul e destacou que o ex-presidente “tinha que estar em liberdade para defender-se”. [A prisão de Lula é uma] “mácula ao estado de Direito e é preocupante que isso aconteça em nosso continente”, afirmou. “O Brasil não merece ter uma mancha como a prisão de Lula. O povo brasileiro não merece”, completou.

O candidato fez seu discurso e respondeu a perguntas ao lado de Celso Amorim, ex-chanceler dos governos Lula, que celebrou o vídeo divulgado mundialmente pelo Papa Francisco nesta quinta em que critica violações do Judiciário no momento em que vem sendo revelado um conluio de Sérgio Moro com procuradores da Lava Jato. Para o ex-ministro, “é uma grande alegria” que o Papa tenha entrado na luta contra o lawfare.

Fernández comentou que os casos de Brasil, Argentina e Equador são muito similares, envolvendo Lula, Cristina Kirchner e Rafael Corrêa, nos quais as instituições

Celso Amorim disse ainda que a visita de Alberto Fernández a Lula “é extremamente significativa”. “O fato de um candidato à presidência da República vir visitar um presidente que está preso demonstra verdadeira solidariedade”, comentou. Lula disse a Fernández, segundo Amorim, que “sua primeira tarefa é ganhar na Argentina”. “Com a vitória, poderíamos ter a esperança da volta da democracia na América do Sul”, apontou.

Fonte: Brasil 247
Créditos: Brasil 247