"não prejudica ninguém"

Bolsonaro defende trabalho infantil e diz que não propõe descriminalização para não ser 'massacrado'

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu durante live realizada nesta quinta-feira, 04, trabalho infantil e disse que que este "não atrapalha a vida de ninguém

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu durante live realizada nesta quinta-feira, 04, trabalho infantil e disse que que este “não atrapalha a vida de ninguém”

“O trabalho dignifica o homem, mulher, não interessa idade”, disse em live no Facebook ao lado dos ministros Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), do secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif, além de uma intérprete de libras. O o ministro Augusto Heleno (GSI) não apareceu na transmissão, mas estava ao lado.

Segundo Bolsonaro, aos 9, 10 anos de idade “quebrava milho” na plantação da fazenda em que morou com a família por 2 anos em Eldorado, São Paulo.

“Olha só, trabalhando com 9, 10 anos de idade na fazenda. Não fui prejudicado em nada. Quando 1 moleque de 9, 10 anos de idade vai trabalhar em algum lugar, está cheio de gente aí falando que é trabalho escravo, trabalho infantil. Agora, quando está fumando 1 paralelepípedo de crack, ninguém fala nada. Então, o trabalho não atrapalha a vida de ninguém”, afirmou.

Em seguida, o presidente disse que não vai propor nenhuma mudança que afete a criminalização do trabalho infantil, pois, segundo ele, seria “massacrado”.

“Fique tranquilo que eu não vou apresentar aqui nenhum projeto para descriminalizar o trabalho infantil, porque eu seria massacrado. Mas eu, meu irmão mais velho, com essa idade trabalhávamos“, disse.

Antes da fala de Bolsonaro, Jorge Seif falava sobre a Quinzena do Pescado, que será de 1 a 15 de setembro. No período, indústrias do setor de pesca farão, a partir de acordo com bares, restaurantes e mercados, com que alimentos com peixe sejam vendidos a 1 preço mais baixo.

Bolsonaro aproveitou o momento para dizer que, quando “garoto”, pescava no Vale do Ribeira, no litoral Paulista, onde morava, para “ter economias” e que, segundo ele, “naquele tempo [a prática] não era crime”.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba