Após filiação ao PL

Bolsonaro começa a avaliar perfis para vice; genro de Silvio Santos ou perfil evangélico e militar são cotados

Escolha passa por uma consulta ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira

Após a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, o debate em seu entorno sobre o perfil ideal para o vice já começou. A escolha passa, segundo fontes próximas ao presidente relataram à CNN, por uma consulta ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira.

O nome do ministro das Comunicações, Fabio Faria, é possível, por ser jovem e do Nordeste, onde a rejeição ao presidente é a pior de todo o país.

Porém, aliados do presidente fora do Centrão têm defendido uma maior ampliação de possibilidades. O próprio Bolsonaro já disse a interlocutores que busca um vice com quem possa “tomar tubaína”, uma referência ao refrigerante que o presidente gosta. Uma alusão clara a um perfil de alguém que seja próximo a ele, já que a experiência com Hamilton Mourão não foi bem-sucedida.

Alguns de seus assessores têm alertado que um perfil político pode ser um risco, pois seria alguém com ambições políticas e que em um momento de intensa instabilidade poderia se virar contra ele. Algo como ocorreu com Dilma Rousseff e Michel Temer. Nesse sentido, alguns assessores têm-lhe sugerido perfis fora da política, como um evangélico ou até mesmo um militar.

A maior preocupação de Bolsonaro é com o ex-presidente Lula. Ele diz a aliados que não gostaria de perder a eleição para um nome da esquerda, campo político contra o qual sempre atuou. Bolsonaro diz a interlocutores que não acredita que alguma candidatura da chamada ‘terceira via’ deslanche.

Em razão disso, cresceu o debate no governo nos últimos dias sobre a necessidade de compor uma campanha digital como a de 2018 liderada pelo seu filho, Carlos Bolsonaro.

Se sua coligação fechar com PP, PL e Republicanos, ele deverá ter 2 minutos e 18 segundos em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos de tempo de televisão, apenas seis segundo a menos do que a campanha de Lula deverá ter: 2 minutos e 24 segundos.

Integrantes do governo consideram que a campanha será dura e já preveem corpos e caixões sendo exibidos no horário eleitoral gratuito, sendo necessário, portanto, algo bem estruturado para rebater os ataques e apresentar outras realizações do governo, apesar de serem poucas.

Fonte: Polêmica Paraíba com CNN
Créditos: Polêmica Paraíba