conversa no  Whatsapp

Bolsonaro acusa Moro de crime federal e mostra conversa; juristas avaliam

Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje à imprensa que Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, cometeu crime federal ao divulgar conversas entre os dois no Jornal Nacional, da TV Glob

Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje à imprensa que Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, cometeu crime federal ao divulgar conversas entre os dois no Jornal Nacional, da TV Globo, em 24 de abril, dia de sua saída do cargo. Juristas ouvidos peloUOL, porém, questionam a conclusão do presidente.

“Só quero rebater uma questão do senhor Sergio Moro. Em nenhum momento pedi relatório de inquérito. Isso é uma mentira deslavada. Tenho até vergonha de falar isso aqui”, afirmou, antes de acusar o ex-juiz da Lava Jato de habitualmente vazar informações para a emissora. “Eu não preciso ter acesso a inquérito, é só assistir à Globo”.

“O Sergio Moro foi correndo entregar o telefone para o William Bonner, para a Globo. Como sempre, ele entrega coisas para a Globo. Inclusive, ele tinha peças de relatórios pessoais de coisas que eu passava para ele. É um crime federal”, afirmou. “Eu confiava nele, passava extrato de informações.”

Bolsonaro, então, tentou desmentir diálogo exibido na reportagem do Jornal Nacional exibindo parte de suas conversas com o ex-ministro em seu celular. Em todas as mensagens, eles debatem um texto do site “O Antagonista” que dizia que a PF (Polícia Federal) estaria investigando deputados aliados ao governo.

A imagem diferia daquela exibida no telejornal. Em 24 de abril, a reportagem trazia um registro de tela de celular com suposta conversa entre Moro e Bolsonaro pelo Whatsapp.

Nela, após o envio do link, Bolsonaro dizia: “Mais um motivo para a troca”. Moro, então, respondia: “Este inquérito eh (sic) conduzido pelo Ministro Alexandre no STF, diligências por ele determinadas, quebras por ele determinadas, buscas por ele determinadas”.

Já na versão exibida por Bolsonaro, após o link ser enviado, Moro respondia: “Isso eh (sic) fofoca. Tem um DPf (sic) atuando por requisição no inquérito da (sic) Fake News e que foi requisitado pelo Min. Alexandre”. E, em seguida: “Não tem como negar o atendimento ah (sic) requisição do STF” (Supremo Tribunal Federal) .

Ao final da conversa, aparecia um novo link de notícia sobre o ex-juiz da Lava Jato ter alertado o ministro do STF Dias Toffoli sobre “presos de elevada periculosidade” em liberdade.

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Fonte: Uol
Créditos: Uol