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Bolsonaro acena acordo com o PEN, mas faz exigências para sua filiação

O deputado federal e pré-candidato à Presidência do país Jair Bolsonaro (PSC-RJ) causou saia justa em evento promovido pelo PEN (Partido Ecológico Nacional), ocorrido nesta quinta-feira (10), no Rio.

O deputado federal e pré-candidato à Presidência do país Jair Bolsonaro (PSC-RJ) causou saia justa em evento promovido pelo PEN (Partido Ecológico Nacional), ocorrido nesta quinta-feira (10), no Rio. O objetivo do encontro seria selar a intenção de que o político se filie ao partido com vistas à disputa de 2018.

O evento foi transmitido ao vivo nas redes sociais e chegou a ter pico de audiência de cerca de 20 mil expectadores simultâneos.

Bolsonaro iniciou o discurso dizendo que aquele evento marcaria o início de um relacionamento com o partido, mas não significaria um acerto definitivo ainda. A intenção é que o PEN passe a se chamar Patriotas.

“Hoje não será um casamento e nem vamos marcar a data para esse casamento. O que está em jogo é o futuro do país. Perco a eleição, mas não perco o caráter, não perco as calças. Não estou no meio de santos, mas não farei conchavo com o diabo”, disse Bolsonaro.

O pré-candidato surpreendeu plateia e assessores ao condicionar sua entrada no partido à retirada de ação movida pelo PEN no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o entendimento da corte de permitir prisões de pessoas condenadas em segunda instância.

O PEN entrou em setembro do ano passado no STF contra a decisão, em uma ação declaratória de inconstitucionalidade. O partido foi assistido pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, conhecido por representar políticos em ações criminais.

Bolsonaro disse que o projeto de derrubar o entendimento do STF tinha como objetivo liberar presos em primeira instância na Lava Jato, em decisões proferidas na justiças dos Estados. O deputado disse que a ação na prática significaria o fim da operação. Criticou ainda a iniciativa que teria sido “patrocinada” por Kakay, que Bolsonaro disse ter sido advogado de José Dirceu.

Fonte: Folha de São Paulo