Dia de Greve da Educação

Bancários vão às ruas em defesa do ensino público e contra a Reforma da Previdência

Na manhã desta quarta-feira (15), o Sindicato dos Bancários da Paraíba participou ativamente das atividades do Dia Nacional de Greve na Educação contra os cortes de mais de 30% – cerca de R$ 1 bilhão de reais feito pelo governo de Bolsonaro – no orçamento das instituições federais de ensino, que inviabiliza o ensino das universidades e coloca em cheque a educação pública do país. O ato público, que também protestou contra a reforma da Previdência, teve concentração no Lyceu Paraibano, de onde os manifestantes percorreram as principais ruas do Centro com destino ao Ponto de Cem Réis.

Com faixas, cartazes e carros de som, os trabalhadores também alertaram a população que a PEC 06/2019, da reforma da Previdência dificultará o acesso à aposentadoria e trará graves consequências aos municípios e aos cidadãos.

No percurso da passeata, lideranças dos diversos movimentos sociais, políticos e sindicais mostraram à população os interesses que estão por trás das políticas de corte e da famigerda reforma do governo ultraliberal de Bolsonaro, cujo objetivo é sucatear o ensino público no país, retirando o direito ao acesso gratuito da população à educação para favorecer o ensino privado.

O ato foi encerrado no Ponto de Cem Réis, com a atividade intitulada “Educação na Praça”, que contou com ações culturais, educativas e de saúde para a comunidade. A proposta foi expor à sociedade uma parcela dos diversos projetos desenvolvidos dentro das instituições federais de ensino que beneficiam direta e indiretamente a população.

Esta Greve Nacional na Educação foi convocada por entidades nacionais do setor de ensino de todo o Brasil e é preparatória para a Greve Geral dos trabalhadores convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho. Professores, funcionários técnicos e administrativos e estudantes dos diversos estados do País irão sair às ruas para protestar contra a reforma da Previdência e os ataques à educação, principalmente contra o corte de mais 30% no orçamento dos institutos federais, inviabilizando a prestação de um serviço de qualidade à sociedade.

Para se ter uma ideia, na UFPB foram bloqueados R$ 44,7 milhões de recursos de custeio e R$ 5,6 milhões oriundos de emendas da bancada federal de deputados e de senadores, que totalizam um corte de 32,75%  no orçamento da instituição para este ano. O corte vai impactar não apenas a universidade, como toda a economia da Paraíba. Somados os recursos retirados da UFPB, da UFCG e dos institutos federais, deixarão de circular na Paraíba quase R$ 92 milhões este ano. Além disso, deixarão de ser  pagas 2,3 mil bolsas aos estudantes da instituição e 713 funcionários terceirizados podem ser demitidos.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Marcelo Alves, avaliou positivamente a participação da categoria nesta greve preparatória para a Greve Geral de 14 de junho e ressaltou a quantidade de pessoas que foram às ruas hoje. “Fizemos o nosso papel ao engrossar a massa em protesto contra os ataques ao ensino público no país e à reforma da previdência. Agimos não só como cidadãos e cidadãs, mas também como classe trabalhadora que se sente acuada ante tanta maldade do governo Bolsonaro contra o povo e contra o país. Pela quantidade de pessoas que espontaneamente se engajaram nessa luta em favor da educação e das instituições públicas de ensino, a greve geral de 14 de junho será ainda mais forte. Vamos à luta, companheiros e companheiras!”, conclamou Marcelo Alves.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Paraíba
Créditos: Sindicato dos Bancários da Paraíba