posicionamento

As águas do Rio São Francisco não podem ser disponibilizadas como objeto de negócio afirma deputado

Jeová fez ainda duras críticas a Michel Temer

Objeto de negócio

Boa parte dos debates e discursos realizados, nesta quarta-feira (06), na Assembleia Legislativa, focaram a proposta do Ministério de Minas e Energia de privatização de parte da Eletrobrás. Até aliados do atual governo criticaram a medida enfatizando a fragilidade que isso causaria na soberania nacional. O deputado estadual Jeová Campos (PSB), um dos que se pronunciou a respeito do tema, foi ainda mais enfático: “As águas do Rio São Francisco não podem ser disponibilizadas como objeto de negócio”, disse ele.
O rio está envolvido

Para o parlamentar, esse debate não pode ser reduzido a uma questão de privatizar ou não privatizar. “Nós não temos condições políticas de privatizar um rio, mais ainda quando nós dependemos deste rio. Hoje, 40 cidades da Paraíba, sem falar no Vale do Piancó, dependem do Rio São Francisco e outras tantas no Nordeste. Nós precisamos que Coremas seja alimentado pelo Rio São Francisco. Então, como vai se falar de venda da Chesf se o rio está envolvido”, indagou ele.

Causa de todos

Segundo Jeová, o movimento contrário a essa privatização merece não apenas seu apoio e solidariedade, mas de todos que defendem a soberania nacional. “Essa questão tem tudo a ver com a minha linha de atuação, mas, independente disso, esse debate não cabe nenhuma luta política partidária, porque trata-se de uma questão de soberania nacional, porque água não pode ser objeto de negócio e de venda. Água é indispensável”, disse o parlamentar, que elogiou a iniciativa do presidente da ALPB, deputado Gervásio Maia Filho, de ter chamado a Casa para fazer esse enfrentamento político.
Soberania nacional

Jeová fez ainda duras críticas a Michel Temer e enalteceu que ao propor a privatização da Eletrobrás o atual governo não está pensando nos interesses nacionais. “De fato, propor algo nessa linha, quando se é presidente da república, significa que não se está pensando no conceito de nação, de independência, não falo nem de autonomia, é de soberania nacional mesmo. A água que corre no rio é indisponível, ela não pode ser disponibilizada em hipótese nenhuma para negócio. Eu posso dizer com convicção que não terá nenhum sentido continuar na luta pela transposição se nós abrirmos mão deste patrimônio que é do povo brasileiro. Nós não podemos, de jeito nenhum, permitir isso”, reiterou o parlamentar.

Fonte: Assessoria