"Estamos aliviados"

Apoiadores de Lula fazem festa e oferecem cachaça em frente ao Supremo

Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência de Lula, tirou a camisa em meio à comemoração

Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemoram com fogos de artifício e distribuição de cachaça a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a prisão após segunda instância. O julgamento foi concluído na noite desta quinta-feira, 7, e abre caminho para a soltura do petista, que está preso desde abril do ano passado na superintendência da Polícia Federal em Curitiba. 

Desde o início da sessão de julgamento de hoje, que durou sete horas e meia, cerca de 400 manifestantes acompanhavam, da Praça dos Três Poderes (ao lado do STF),  os votos dos ministros. O grupo instalou caixas de som na praça. A cada palavra proferida em favor ao trânsito em julgado, o grupo vibrava e agitava bandeiras que estampavam o rosto do ex-presidente.

Cachaça. Assim que o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, anunciou seu voto, um apoiador foi ao microfone anunciar que começaria ser servida uma grande rodada gratuita de cachaça para todas as pessoas presentes. Uma fila logo se formou. No alto falante, às 22 horas, o grupo disse que a festa não teria hora para acabar.

Gilberto Carvalho, que foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência de Lula, tirou a camisa e no meio da multidão, em atitude seguida por outros apoiadores. “Estamos perdendo nosso prestígio, vou colocar minha camisa de volta”, recuou.

Márcio Andrade, comerciante e apoiador do petista, afirmou ao Estado que o clima com o resultado da votação era de Carnaval. “Estamos aliviados. Vamos comemorar até segunda-feira, até Lula deixar a prisão”, disse.

O resultado da votação foi de 6 a 5 pela derrubada da prisão após segunda instância. Com o resultado, a Corte entende que um condenado tem o direito de aguardar em liberdade até que todos os recursos sejam julgados, o que pode levar anos. O que não significa que haverá soltura imediata de presos. Caberá ao juiz de execução penal decidir caso a caso.

Fonte: Estadão
Créditos: Estadão