Entrevista

André Carlo Torres defende concurso público, fala de crise e diz que avanços na tecnologia vai suprir carência de pessoal no TCE

Para o novo presidente, o TCE para realizar concurso precisaria de um incremento de cerca de R$ 8 a 10 milhões

img_4756O conselheiro André Carlo Torres Pontes reconheceu em entrevista, antes de tomar posse na presidência do Tribunal de Contas do Estado, biênio 2017/2018, na tarde desta sexta-feira (3), que a Corte sofre uma defasagem em seu quadro de pessoal, principalmente no de auditores fiscais, que o tribunal precisa reforçar sua equipe de trabalho e da necessidade de concurso público. “Para se prover quarenta, vinte, dez cargos, é preciso fazer uma avaliação e um planejamento um pouco mais aprofundado”, justifica.

Para o novo presidente, o TCE para realizar concurso precisaria de um incremento de cerca de R$ 8 a 10 milhões no orçamento do tribunal. “Claro que não é um incremento do dia pra noite, isso pode ser feito paulatinamente durante esse biênio. Vamos manter contatos com os órgãos do Estado, e vamos na medida do possível preencher esses cargos que estão vagos que só podem ser preenchidos através de concurso público.”, avalia.

Para contornar a situação de carência de pessoal, o conselheiro André Carlos defende o avanço da tecnologia. “O que estamos vendo nas corporações, elas fazerem cada vez mais com menos pessoas”. Para ele, há necessidade de preencher alguns cargos no TCE. “Creio que a partir do segundo semestre nós já vamos ter a dimensão de quantos profissionais nós precisamos para reforçar nossa equipe de trabalho”.

O novo presidente do tribunal, também falou das eleições de 2018. De acordo com ele, o tribunal já tem em suas rotinas matérias que já são relacionadas às eleições. Como exemplo, André Carlos Torres citou as eleições municipais de 2016. “Por exemplo, de prefeito, nós fizemos um levantamento mensal das contratações por tempo determinado e oferecemos essas informações aos promotores eleitorais e ao procurador da República Eleitoral. Então é uma rotina especial para as Eleições. Isso não começou agora, isso já faz parte da história do tribunal”, garantiu.

De acordo com ele, a relação mais íntima, com o Ministério Público, faz com que os promotores tenham mais informação sobre a gestão para que eles possam atuar. Ele reconhece, no entanto, que o Tribunal de Contas não tem competência em matéria eleitoral. “Ele (TCE) funciona nesses momentos como um organismo propulsor de informações para que os agentes públicos que tem atuação e competência em matéria eleitoral possam atuar”.

Fonte: ClickPB