corrupção passiva

'Acusações descabidas': defesa de Lula rebate nova denúncia da Lava Jato 

A defesa do ex-presidente Lula classificou como “acusações descabidas” a nova denúncia feita pela força-tarefa da Lava Jato em São Paulo contra o ex-presidente e seu irmão Frei Chico, nesta segunda-feira (09). Os dois foram denunciados pelo crime de corrupção passiva continuada.

Segundo o MPF, Frei Chico recebeu “mesada” da Odebrecht de R$ 3 a R$ 5 mil entre 2003 e 2015 como “parte de um ‘pacote’de vantagens indevidas oferecidas a Lula, em troca de benefícios diversos obtidos pela Odebrecht junto ao governo federal”.

“Lula jamais ofereceu ao Grupo Odebrech qualquer ‘pacote de vantagens indevidas’, tanto é que a denúncia não descreve e muito menos comprova qualquer ato ilegal praticado pelo ex-presidente. [Ele] também jamais pediu qualquer vantagem indevida para si ou para qualquer de seus familiares”, disse em nota o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.

A defesa de Frei Chico, representada pelo advogado Antônio Funari, vê a denúncia como “absurda”, uma vez que foi entregue ao MPF “farta documentação” comprovando que Frei Chico trabalhou para a Odebrecht e que o caso corresponde a um período até antes de Lula ser presidente. Além disso, ele lembrou que testemunhas indicadas pela defesa não foram ouvidas no processo. “Eu estou achando muito estranha essa denúncia.

Leia a íntegra da nota

A denúncia oferecida hoje (09/09/2019) em São Paulo pelos procuradores da franquia “Lava Jato” contra Lula repete as mesmas e descabidas acusações já apresentadas em outras ações penais contra o ex-presidente, em especial, a ação penal nº 5063130-17.2016.4.04.7000 (caso do imóvel que nunca foi destinado ao Instituto Lula), que tramita perante a 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba e a ação penal nº 1026137-89.2018.4.01.3400/DF, que tramita perante a 10ª. Vara Federal Criminal de Brasília (caso Janus).  

Lula jamais ofereceu ao Grupo Odebrech qualquer “pacote de vantagens indevidas”, tanto é que a denúncia não descreve e muito menos comprova qualquer ato ilegal praticado pelo ex-presidente. Mais uma vez o Ministério Público recorreu ao subterfúgio do “ato indeterminado”, numa espécie de curinga usado para multiplicar acusações descabidas contra Lula. 

O ex-presidente também jamais pediu qualquer vantagem indevida para si ou para qualquer de seus familiares. A denúncia sai no dia seguinte de graves revelações pelo jornal Folha de S. Paulo de atuação ilegal da Lava Jato contra Lula, mostrando a ocultação de provas de inocência e ação indevida e ilegal voltada a romper a democracia no país.   

O uso de processos criminais e a repetição das mesmas e descabidas acusações em processos diferentes comprova que Lula é vítima de “lawfare”, que consiste no abuso das leis e dos procedimentos jurídicos para promover perseguições política.

Cristiano Zanin Martins

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba