R$ 30,3 mil em repasses

4 POLÍTICOS DO PSL: Deputados usaram cota para divulgar atos antidemocráticos, aponta PGR

De acordo com reportagem do jornal 'O Globo', dinheiro era da cota parlamentar, que deveria ser usado para atividades ligadas ao mandato. Atos antidemocráticas são investigados em inquérito

A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou repasses de quatro deputados do PSL para divulgar atos antidemocráticos, de acordo com reportagem publicada pelo jornal “O Globo” nesta segunda-feira (22). A TV Globo confirmou as informações. O dinheiro era da cota parlamentar, verba pública que deveria ser usada para atividades ligadas ao mandato.

Os quatro deputados são:
Bia Kicis (PSL-DF)
Guiga Peixoto (PSL-SP)
Aline Sleutjes (PSL-PR)
General Girão (PSL-RN)

O dinheiro da cota parlamentar desembolsado pelos deputados foi destinado à empresa Inclutech Tecnologia de Informação. A empresa pertence ao publicitário Sérgio Lima, responsável pela marca do partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil.

O inquérito que investiga os atos antidemocráticos foi aberto em abril, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. O relator é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações miram manifestações de rua que apresentaram reivindicações antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso, do STF e intervenção militar no governo federal.

Em um despacho no inquérito, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, escreveu que os parlamentares, além de repassarem o dinheiro para a divulgação dos atos, ajudar também na formulação das mensagens.

“(…) No ecossistema de redes sociais e propagação de ideias de mobilização social e realização de manifestações ostensivas nas ruas, há participação de parlamentares tanto na expressão e formulação de mensagens, quanto na sua propagação e visibilidade, quanto no convívio e financiamento de profissionais na área”, disse Jacques.

Fonte: G1
Créditos: G1