eleições 2020

2ª PRESTAÇÃO DE CONTAS: Seis candidatos à PMJP gastaram mais do que arrecadaram - VEJA QUEM SÃO

Os dados vem um levantamento junto ao sistema DivulgaCandContas do Tribunal Superior Eleitoral, com base na segunda prestação de contas parcial apresentada pelos partidos.

2ª PRESTAÇÃO DE CONTAS: Seis candidatos à PMJP gastaram mais do que arrecadaram - VEJA QUEM SÃO

Dos 14 candidatos à Prefeitura de João Pessoa, seis gastaram mais do que arrecadaram em recursos durante a campanha eleitoral.

Ruy Carneiro (PSDB) é o que mais recebeu recursos e João Almeida (Solidariedade) foi o que mais gastou.

Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela redação do portal Polêmica Paraíba nesta quinta-feira (5) junto ao sistema DivulgaCandContas do Tribunal Superior Eleitoral, com base na segunda prestação de contas parcial apresentada pelos partidos.

O candidato tucano arrecadou pouco mais de R$ 1,4 milhão, porém gastou R$ 300 mil além da conta. Como principais financiadores da campanha, aparecem a direção nacional do PSDB que doou R$ 700 mil, o empresário Dalton Gadelha com R$ 400 mil e a direção nacional do PSC, partido ao qual o candidato a vice-prefeito Zé Gadelha é filiado, com R$ 275 mil. Com relação às despesas, a maior parte delas (28,17%) foram destinadas à produção do guia eleitoral, que custa a coligação “A Cidade no Ritmo Certo” R$ 479,5 mil.

A segunda maior arrecadação é da candidata do PV, Edilma Freire. Até agora foram amealhados em doações mais de R$ 1,3 milhão e gastos quase R$ 1,2 milhão. A maior parcela dos recursos arrecadados vem dos partidos que formam a coligação “João Pessoa da Gente”. A direção nacional do PDT, da candidata a vice Mariana Feliciano doou R$ 600 mil. A direção estadual do PV entrou com R$ 554,8 mil e a nacional com R$ 70 mil. Quase metade das despesas declaradas pela candidata (46,29%) também foram direcionadas à produção do guia eleitoral.

O radialista Nilvan Ferreira detém a terceira maior receita. O candidato do MDB arrecadou até agora R$ 1,2 milhão e gastou R$ 831 mil. Quase a totalidade das doações (97,47%) vieram do próprio partido. A direção nacional doou pouco mais de R$ 620 mil e a estadual R$ 600 mil. Mais da metade do valor gasto pela campanha do candidato também foi com a produção de material para o guia eleitoral, que consumiu até agora R$ 430 mil.

Com pouco mais de R$ 1 milhão arrecadados, o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) já gastou quase R$ 400 mil a mais do que arrecadou. Mais de 90% do valor recebido veio do PSB. O diretório municipal doou R$ 670 mil, o nacional R$ 200 mil e o estadual R$ 100 mil. Chama atenção o valor doado pela direção nacional do PT, que mesmo com a legenda tendo como candidato o deputado estadual Anísio Maia, fez questão de doar para o socialista pouco mais de R$ 60 mil. A exemplo de outros candidatos, a produção do guia eleitoral é responsável pela maior parte das despesas do PSB. Foram gastos até agora mais de R$ 675 mil.

O candidato João Almeida do Solidariedade é o que mais gastou até aqui. Foram mais de R$ 2,2 milhões, sendo R$ 870 mil para a produção do guia eleitoral. No entanto, o valor arrecadado pelo postulante, pouco mais de R$ 1 milhão, não chega à metade das despesas. Todo o valor recebido pela coligação “Um Novo Momento, Uma Nova Solução” veio do diretório estadual do PSL, partido do candidato a vice Carlisson Figueiredo.

O ex-deputado estadual e ex-vereador Raoni Mendes (DEM) é mais um dos que gastaram mais do que arrecadaram. A coligação “Pra João Pessoa Funcionar” recebeu R$ 918 mil e gastou pouco mais de R$ 1,2 mil. Quase a totalidade do valor arrecadado veio do diretório nacional do Democratas, que enviou R$ 900 mil, o equivalente a 98,03% do total recebido. Pequenas doações de pessoas físicas completam o valor arrecadado. Despesas no valor de R$ 376 mil reais foram informadas à Justiça Eleitoral como “Serviços prestados por terceiros” e R$ 236,5 mil foram utilizados para a produção do guia eleitoral.

O delegado e deputado estadual Wallber Virgolino, candidato pelo Patriota, foi mais comedido nas despesas e gastou pouco mais da metade do valor recebido. Foram arrecadados R$ 616,5 mil e gastos R$ 326,3 mil pela coligação “Coragem Para Fazer o Novo”. Quase 90% das doações vieram da direção nacional do Patriota, que enviou R$ 550 mil. Completam o valor arrecadado pequenas doações de pessoas físicas. Diferente do que foi declarado até aqui pelos candidatos, mais da metade das despesas da campanha de Wallber (54,23%) foi para a produção de materiais gráficos, que consumiram R$ 177 mil.

Cícero Lucena (PP) gastou quase o triplo do valor arrecadado até aqui. Foram utilizados R$ 1,6 milhão e recebidos R$ 565,7 mil. Só a produção do guia eleitoral da coligação “Pra Cuidar de João Pessoa” foram gastos R$ 635,5 mil. Quase 90% do valor arrecadado (R$ 500 mil) veio da direção estadual do PP, partido do ex-senador. O restante é proveniente de doações feitas por pessoas físicas.

O candidato da Rede Sustentabilidade, Carlos Monteiro, integra o time dos candidatos que fazem campanhas financeiramente mais modestas. Dos R$ 50 mil doados pela direção estadual do partido, foram gastos R$ 41 mil. Desse valor, R5 15 mil foram direcionados para a captação e produção de vídeos para as redes sociais, já que o candidato não possui espaço na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

O petista Anísio Maia é responsável pela maior diferença entre receita e despesa nessa campanha. Foram arrecadados pelo candidato pouco mais de R$ 44 mil, porém foram gastos R$ 442,2 mil, quase dez vezes o valor recebido. Para a produção do guia eleitoral de Anísio, foram gastos até agora R$ 331 mil. Curiosamente, não há, até a data deste levantamento, qualquer doação do Partido dos Trabalhadores ou do PC do B, do candidato a vice Percival Henriques. Os maiores doadores da campanha petista são o próprio Anísio Maia, com R$ 11 mil; o candidato do partido à Prefeitura de João Pessoa em 2016, Charliton Machado, com R$ 7,5 mil; e a presidente afastada do diretório municipal petista, Giucélia Figueiredo, com R$ 7 mil. Pequenas doações de pessoas físicas completam o valor arrecadado pelo candidato. Vale lembrar que o PT nacional direcionou pouco mais de R$ 60 mil para a campanha de Ricardo Coutinho (PSB).

O psicólogo Ítalo Guedes, candidato pelo PSOL, recebeu como única doação para sua campanha R$ 7,8 mil do diretório estadual da sigla, mas não declarou nenhuma despesa à Justiça Eleitoral.

Já o jornalista Rafael Freire (UP) arrecadou, exclusivamente de pessoas físicas, pouco mais de R$ 5 mil e gastou R$ 4,7 mil. Como o candidato não tem espaço no guia eleitoral, a maior parte das despesas foi direcionada para a produção de material impresso, que custou R$ 3,1 mil.

Rama Dantas, candidata do PSTU arrecadou R$ 3,1 mil e não gastou nada durante a campanha. Do valor recebido, R$ 2,2 mil vieram da direção nacional da sigla e o restante a partir de pequenas doações de pessoas físicas.

Outro que não gastou nada durante a campanha foi o candidato do PCO Camilo Duarte. Ele recebeu apenas R$ 1 mil da direção nacional da legenda.

A prestação de contas final deve ser entregue pelos partidos e candidatos à Justiça Eleitoral até o dia 15 de dezembro.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba