POLÊMICA

Zé Neto diz que não se arrepende de criticar Anitta: "Quando eu bebo, falo muita verdade"

O sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, disse, em suas redes sociais, que não se arrepende por ter feito ofensas à cantora Anitta e criticado a Lei Rouanet durante um show bancado com recursos públicos, na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, apesar da repercussão negativa sobre seu discurso.

Na última quinta-feira (19), um seguidor perguntou para ele no Instagram: “Estão te atacando sobre aquela fala?”. Ao que Zé Neto respondeu, aos risos: “Cara, na realidade é assim. Eu tenho um defeito muito grande quando eu bebo: falo muito verdade”.

Na última semana, durante o tal show, Zé Neto ironizou uma tatuagem íntima de Anitta e ressaltou que “não depende” da Lei Rouanet. “Estamos aqui em Sorriso, no Mato Grosso, um dos estados que sustentou o Brasil durante a pandemia. Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet”, disse.

“O nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ pra mostrar se está bem ou mal. A gente simplesmente vem aqui e canta”, discursou Zé Neto, em manifestação de apoio ao governo Bolsonaro.

O sertanejo só não revelou para a plateia que a apresentação estava sendo bancada com recursos públicos. Parte do evento Exporriso, tradicional feira agropecuária, comercial e industrial de Sorriso, o show de Zé Neto & Cristiano custou R$ 400 mil aos cofres da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município por meio de um contrato com inexigibilidade de licitação. Em português claro, não houve concorrência para a definição de valores pelo serviço prestado.

Nesse caso, a empresa Nave Balada Produções Artísticas, representante da dupla sertaneja, estipulou um preço para o cachê e a realização do show, e a prefeitura pagou a quantia determinada, estabelecendo que a apresentação fosse gratuita para a população.

Série de shows com recursos públicos
Nos últimos anos, Zé Neto e Cristiano realizaram uma série de shows dessa maneira, com dinheiro desembolsado por prefeituras por meio de contratos sem procedimento licitatório e que são disponibilizados aos cidadãos. A prática é permitida por lei, e deve ocorrer “quando o administrador se vir diante de uma inviabilidade de competição”, como consta na Lei Geral de Licitações.

A lei reconhece como uma das hipóteses para a “inviabilidade de competição” a contratação de artistas profissionais, de qualquer segmento, desde que consagrados pela crítica especializada ou opinião pública. Em outubro de 2022, Zé Neto e Cristiano receberão R$ 550 mil da prefeitura de Extrema, em Minas Gerais, para apresentar um show na Festa do Peão de Boiadeiro, evento da cidade.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Portal IG