pandemia

VACINA X COVID: Por que pessoas continuam a se infeccionar com o coronavírus mesmo vacinadas?

Segundo especialistas, a imunidade contra a doença aumenta apenas em oito ou dez dias após a primeira injeção

Após um ano de pandemia, a aprovação de vacinas contra o novo coronavírus trouxe de volta alguma esperança para o mundo e alguma luz no fim desse túnel. Uma corrida intensa garantiu uma variedade de imunizantes em tempo recorde, de diversas marcas, e diversos países já começaram suas campanhas de vacinação. Mas o início da vacinação trouxe surpresas: algumas pessoas continuam a se infeccionar com o novo coronavírus. Por quê?

Estudos apontam que o sistema imunológico começa a desenvolver proteção contra o vírus de 8 a 10 dias depois da 1ª dose. Há 5% de chance de infecção mesmo depois das duas injeções.

Caso na Paraíba

Em João Pessoa o médico Fernando Ramalho foi internado com Covid-19 após tomar a vacina CoronaVac. Ele está internado no Hospital da Unimed, em João Pessoa, fazendo o uso de respirador. O médico já estava vacinado contra a covid-19, e testou positivo. Fernando Ramalho tomou a primeira dose da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan. Como vem sendo afirmado pelas autoridades médicas e sanitaristas, mesmo após a imunização, é necessário continuar com os cuidados básicos para evitar a contaminação pelo covid-19.

Caso em Israel

Em Israel pelo menos 240 pessoas foram contaminadas com o novo coronavírus depois de receberem a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19. O país alcançou a marca de 1 milhão de pessoas imunizadas já no primeiro dia de janeiro deste ano. De acordo com especialistas, a vacina não oferece imunidade imediata, o que explicaria o contágio dessas 240 pessoas.

Os testes da vacina da Pfizer/BioNTech mostraram que a eficácia de 95% contra a covid-19 é atingida 28 dias depois da aplicação da 1ª dose –7 dias depois da 2ª dose. Ou seja, ainda há 5% de chance de infecção mesmo depois das duas injeções. A recomendação dos especialistas é que todas as medidas de proteção contra a covid-19 continuem sendo seguidas depois da aplicação da 1ª dose.

Especialistas já explicaram que a vacina não fornece imunidade imediata contra o vírus e por isso pode levar um tempo até que o sistema imunológico possa reagir. A segunda injeção é dada depois de 21 dias da primeira dose.

Desde o início da vacinação no país, no dia 20 de dezembro, quatro pessoas morreram depois de receber a vacina. Mas, o Ministério da Saúde de Israel relatou que três das quatro mortes não estavam ligadas à vacina. O quarto caso ainda está sendo investigado.

Vacina nos países

O mundo superou nesta semana a marca de 100 milhões de doses aplicadas da vacina contra o novo coronavírus. Até a última quarta-feira, 3, eram mais de 104,6 milhões de doses da vacina aplicadas, segundo levantamento diário da agência Bloomberg. O número é pela primeira vez superior ao total de casos de coronavírus, em 103,97 milhões.

O Brasil começou a vacinação no último dia 17 de janeiro, e usa atualmente a Coronavac (da chinesa Sinovac) e a vacina de AstraZeneca/Oxford. O país chega perto dos 2,5 milhões de vacinados até agora (cerca de 1,2% da população), todos ainda com a primeira dose. A expectativa para os próximos dias é de manifestações da Anvisa sobre a Sputnik V, que divulgou na última terça-feira, 2, eficácia de 91,6%. A farmacêutica União Química espera importar 10 milhões de doses prontas e produzir também a vacina nacionalmente.

1,44% da população brasileira está vacinada

Até a última quinta-feira (04), o levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de Saúde apontou que 3.043.108 pessoas já tomaram dose de vacina no Brasil.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba