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Tribunal de Contas da União decide não bloquear bens de Graça Foster

Além de Graça, ficaram livres do bloqueio dois diretores

Tribunal de Contas da União decide não bloquear bens de Graça Foster

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O Tribunal de Contas da União livrou a ex-presidente da Petrobrás Graça Foster e mais três ex-dirigentes da estatal do bloqueio de bens pela participação na compra na refinaria de Pasadena (EUA). Em julgamento iniciado em julho de 2014 e encerrado nesta quarta-feira, 11, a maioria dos ministros entendeu que não cabe, por ora, decretar a indisponibilidade patrimonial dos executivos por irregularidades.

Além de Graça, ficaram livres do bloqueio o ex-diretor Internacional Jorge Zelada e o gerente jurídico da estatal à época da compra de Pasadena, Carlos César Borromeu. Os três, no entanto, serão incluídos na lista de 14 executivos que vão responder a uma tomada de contas especial (TCE) – tipo de processo que visa confirmar responsabilidades por danos ao erário. Eles terão de se explicar em audiências e podem ser condenados ao ressarcimento de prejuízos.

O TCU excluiu do processo o ex-presidente da Petrobrás América Renato Bertani, que não será alvo de bloqueio nem da tomada de contas especial. Inicialmente, a corte atribuíra ao executivo responsabilidade por perdas de US$ 132 milhões. No lugar dele, foram incluídos Alberto da Fonseca Guimarães e José Orlando Melo de Azevedo, que exerceram o mesmo cargo.

No julgamento, o ministro André Luís de Carvalho propôs a inclusão de ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás, entre eles a presidente Dilma Rousseff, entre os alvos da tomada de contas. A sugestão não foi acolhida pelos demais ministros, mas o relator do caso na corte, ministro Vital do Rêgo, afirmou que pode voltar a pautar a discussão.
Prejuízos. O TCU concluiu em julho de 2014 que houve prejuízo de US$ 792 milhões na compra de Pasadena, feita em duas etapas, entre 2006 e 2012. Na ocasião, isentou o conselho e responsabilizou 11 diretores da estatal na época do negócio.

Estadão