O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento nesta quinta-feira (5) à Polícia Federal, em Brasília. A oitiva ocorre dentro do inquérito que investiga a atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. O caso foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base no argumento de que Bolsonaro é “financeiramente responsável” pelo filho durante o período de afastamento parlamentar.
A fala de Bolsonaro que embasou o pedido aconteceu em entrevista a UOL:
“Estou bancando a despesa dele agora. Em grande parte, eu estou bancando.”
O que a Justiça quer saber?
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Eduardo Bolsonaro está atuando do exterior com o objetivo de intimidar o Judiciário brasileiro. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, ele tenta atrapalhar o julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível por tentativa de golpe de Estado.
As acusações contra Eduardo incluem:
- Coação no curso do processo
- Obstrução de investigação de organização criminosa
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Licença, sem salário — mas com patrocínio
Eduardo Bolsonaro tirou licença da Câmara por 122 dias, sendo 120 para “interesses pessoais”. Durante esse período, não recebe salário nem verbas extras como auxílio-moradia ou passagens.
Porém, segundo o próprio pai, quem está cobrindo os custos da estadia nos EUA é ele — o que acendeu o alerta da PGR. Moraes entendeu que, ao financiar as atividades do filho, Jair Bolsonaro se insere diretamente no escopo da investigação.
Vaquinha e gastos nos EUA
A polêmica aumentou quando o ex-ministro Gilson Machado (PL) lançou nova vaquinha para ajudar Bolsonaro financeiramente. Segundo ele, parte dos 17 milhões de reais arrecadados foi usada com Eduardo:
“Aumentou a despesa dele… não é barato morar nos EUA.”
Fonte: CNN