Morte prematura

SUICÍDIO CHOCA SOCIEDADE: Depressão faz mais uma vítima em João Pessoa -VEJA VÍDEO

A advogada e arquiteta Helena Costa foi mais uma vítima de uma doença silenciosa e fatal.

A depressão geralmente pode ser tratada com terapia e medicamentos, mas nem sempre o paciente se reconhece nessa situação. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, de cada 100 pessoas com depressão, 15 delas decidem colocar fim a própria vida.

Mesmo com uma estrutura familiar, com uma boa carreira e sendo aparentemente feliz, a depressão é uma doença silenciosa que não conhece limitações podendo atingir todas as classes sociais.

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Uma mulher linda, jovem, atleta, bem sucedida com duas brilhantes carreiras,  dois filhos lindos de 7 e 10 anos que em decorrência de uma depressão tirou a própria vida, essa é a história de Ana Helena Costa Lima advogada residente em João Pessoa, cujo falecimento abalou a todos que com ela conviviam. Ana Helena foi trabalhar normalmente nesta manhã, não deixou carta ou qualquer justificativa que explicasse esse ato de desespero.

Amigos e familiares  enlutados procuram entender a forma avassaladora que Ana Helena partiu.

Porque essa doença silenciosa ataca de maneira tão voraz? O que fazer para ajudar alguém que passa por esse problema? Como reconhecer que uma pessoa encontra-se em desespero a ponto de cometer esse ato final?

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Os especialistas destacam 

A depressão é um distúrbio que afeta mais de 10% da população mundial. Segundo dados da OMS o Brasil é o país mais depressivo da América Latina. O que significa que muitas pessoas ao nosso redor podem apresentar sintomas. Esse texto foi criado pensando em enumerar dicas para apoiar colegas, amigos, familiares e pessoas próximas que estejam enfrentando sinais como:

Humor deprimido ou irritabilidade, ansiedade e angústia
Alteração no sono e apetite.
Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
Desinteresse, falta de motivação e apatia
Sentimentos de medo, ansiedade, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
Pessimismo,  ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e o seu mundo
Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
O que fazer?
Quando alguém que você conhece e ama está clinicamente deprimido, você quer estar presente para essa pessoa. Ainda assim, tenha em mente que seu amigo ou ente querido tem uma condição clínica séria. Dar apoio pode significar mais do que apenas oferecer um ombro para chorar.

Muitas coisas podem ser feitas para que os indivíduos em quadros depressivos sintam-se melhor. Porém, o mais importante, é termos a consciência de que o cuidado psicológico e muitas vezes psiquiátrico é fundamental para que esses indivíduos se recuperem.

Aqui estão nove coisas úteis que você pode fazer para alguém com depressão.

1 – Compreender que o tratamento é fundamental
A depressão é uma condição clínica que requer cuidados médicos e psicológicos. Como um membro da família ou amigo, você pode ouvir a pessoa e dar o seu apoio, mas isso pode não ser suficiente.

É necessário que você tenha sempre isso em mente. A compreensão da gravidade do problema pode impedi-lo de perder a paciência ou ficar frustrado com eles, uma vez que seus melhores esforços não irão “curar” sua depressão.

Pessoas que estão deprimidas muitas vezes não conseguem dormir, e dificilmente você terá alguma ação sobre esse fato. Você poderá dar cuidado e apoio, mas não irá resolver o problema.

2 – Seja pró-ativo nos seus cuidados
A melhor coisa que você pode fazer para alguém com depressão é apoiar o seu tratamento. Diga a seu amigo ou amado que a depressão é um distúrbio grave e que ignorá-lo não o fará desaparecer.

Quando alguém sofre um acidente e quebra uma perna, rapidamente levamos esta pessoa para um hospital. Quando alguém tem depressão, este indivíduo também precisa de cuidados médicos e psicológicos. Recomende a visita a um psicólogo, busque profissionais da sua confiança e incentive seu ente querido a se cuidar.

O youtuber Felipe Neto fala um pouco à respeito no vídeo abaixo.

3 – Fale sobre a depressão
Deixe-os saber que você e outros se preocupam com eles e estão disponíveis para apoio. Ofereça-se para encaminhá-los para um tratamento ou, se eles quiserem falar com você sobre como eles estão se sentindo, saiba ouvir. Acolha, escute ativamente e esteja atento.

Este acolhimento pode reduzir o risco de suicídio. Ouça atentamente os sinais de desesperança e pessimismo, e não tenha medo de chamar um psicólogo ou mesmo levá-los para uma clínica, se a sua segurança estiver em questão.

4 – Mantenha contato
Ligue ou visite a pessoa. Não deixe de convidá-la para se juntar a você em atividades diárias. Pessoas que estão deprimidas tendem a ficar isoladas porque não querem “incomodar” outras pessoas.

 

Talvez seja necessário ser enfático e trabalhar mais duro para apoiar e envolver alguém que esteja deprimido.

Atividades que promovem um sentimento de realização, recompensa ou prazer são diretamente úteis para melhorar a depressão. Escolha algo que a pessoa ache interessante. Ainda assim, tenha em mente que eles podem não se sentir interessados na atividade imediatamente.

Rotinas que promovem o exercício, nutrição e uma quantidade saudável de sono são úteis.

 

5 – Incentive a prática de atividades prazerosas
Convide seu amigo para realizar algumas atividades ao ar livre. Uma caminhada, um passeio de bicicleta e até mesmo um piquenique no parque. Um pouco de caminhada e exercício físico já contribuirá para a liberação de hormônios do prazer como a endorfina e dopamina.

Estimular a participação em aulas como pilates, yoga, meditação, música ou coisas mais divertidas como o slack podem proporcionar momentos de alegria e algumas risadas. Um convite para um cinema, um passeio em uma livraria e uma visita a um local relacionado à espiritualidade podem funcionar também. O importante é nutrir as necessidades físicas, espirituais ou emocionais.

Aprender a tocar um instrumento é aconselhado no processo terapêutico

6 – Concentre-se em metas pequenas
Uma pessoa deprimida pode perguntar: “Porque você se preocupa comigo? Porque eu deveria sair da cama hoje?” Você pode ajudar a responder a essas perguntas e oferecer um reforço positivo.

A introspecção depressiva e a passividade podem ser reduzidas através de um incentivo. Trabalhe para estimular um sentimento de recompensa ao atingir pequenos objetivos. Pontue e elogie pequenas realizações diárias – até mesmo algo tão simples quanto sair da cama.

 

7 – Leia tudo sobre o assunto
Livros sobre depressão e auto-ajuda podem ser úteis, especialmente quando eles são fontes confiáveis ​​de conselhos ou orientação. A leitura pode ser uma fonte chave para ajudar as pessoas com depressão.

Os livros podem muitas vezes lançar luz sobre os tipos de tratamento disponíveis. Artigos de blog também são recomendáveis, desde que você tenha a certeza que as fontes sejam confiáveis e que os artigos tenham sido escritos por profissionais capacitados. É aconselhável observar a curadoria de profissionais devidamente registrados junto aos conselhos de psicologia ou medicina.

 

8 – Encontrar serviços de apoio
Use serviços de apoio em sua comunidade ou recursos on-line. Plataformas como a Vittude podem ajudá-lo a encontrar os especialistas certos para consultar sobre o tratamento da depressão. Organizações como o CVV (Centro de Valorização da Vida) também podem ser úteis em casos de pensamento suicida.

Algumas pessoas com depressão podem não reconhecer que estão deprimidas. Explique-lhes que a condição pode ficar progressivamente pior, até mesmo se tornar crônica, se não tratada precocemente. Por isso, vale a pena investigar serviços de apoio e especialistas.

9 – Faça terapia
Para compreender o que se passa com uma pessoa querida é importante que você se conheça bem. O autoconhecimento o deixará preparado para lidar com as suas emoções e com as de seu amigo. Muitas vezes, quando estamos em um processo de escuta ativa, os relatos do nosso interlocutor podem acionar pontos do nosso inconsciente. Nesse momento, precisamos saber o que exatamente é do outro e o que é nosso.

Quanto mais estabilizado emocionalmente você estiver, mais preparado estará para ouvir, refletir e ajudar.

10 – Saiba o momento de ficar em silêncio
Em alguns momentos pode ser necessário apenas um abraço e o silêncio ao lado do seu amigo. Um colo, cafuné e um momento de acolhimento e carinho. Um abraço apertado pode valer mais do que muitas palavras.

Saiba também o momento certo de se despedir e dar um espaço para que a pessoa respire.

11 – Incentivar visitas ao psicólogo
Incentive a pessoa a visitar um psicólogo ou psiquiatra, participar de sessões de terapia e tomar os medicamentos quando prescritos.

Através da terapia, os psicólogos ajudam milhões de brasileiros de todas as idades a viver vidas mais saudáveis ​​e mais produtivas.

É importante mostrar que qualquer pessoa pode precisar de ajuda para lidar com sentimentos e problemas que parecem além do seu controle – problemas com um casamento ou relacionamento, uma situação familiar ou lidar com a perda de um emprego, a morte de um ente querido, depressão, estresse e burnout. Evitar o preconceito é extremamente importante.

12 – Fique atento
Se alguém que você ama teve depressão no passado, preste atenção se a pessoa está experimentando algumas das fases de vida mais arriscadas (em termos de depressão), como a adolescência ou um parto recente.

A depressão pós-parto, por exemplo, acomete mais de 25% das mães no Brasil. Pode trazer inúmeras consequências ao vínculo da mãe com o bebê, sobretudo no que se refere ao aspecto afetivo. Isso pode ter efeitos no desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da criança, além de sequelas prolongadas na infância e adolescência. Uma mulher depressiva, normalmente, amamenta pouco e não cumpre o calendário vacinal dos bebês. As crianças, por sua vez, têm maior risco de apresentar baixo peso e transtornos psicomotores

Além disso, se o curso é difícil para ele ou ela emocionalmente devido à separação conjugal, divórcio, perda de emprego, uma morte na família, ou outro estresse grave, você deve estar pronto para intervir e ajudar.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba