Sarah na Paraíba - Rubens Nóbrega

Meu sábado (23) foi mesmo de Aleluia. Por volta das 10h53 da manhã, ao abrir o i-meio para ver a correspondência deparei-me com mensagem da assessoria de Imprensa do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) anunciando que ele vai propor emenda ao Orçamento da União em favor de um Hospital Sara Kubitschek na Paraíba.

“O Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) anunciou nesta sexta-feira (22) que vai disponibilizar emenda para garantir os recursos necessários à implantação de uma unidade da Rede de Hospitais Sarah Kubitschek na Paraíba. Segundo o parlamentar, a Rede Sarah conta, atualmente, com 10 unidades espalhadas pelo Brasil, e a décima primeira poderá ser instalada em João Pessoa”, informa o texto que me mandaram.

O senador Vital, que também é médico, reuniu no seu gabinete em Brasília diretores da Rede Sarah – Aloísio Campos da Paz e Lúcia Viladino – com o neurologista paraibano Ronald Farias, o homem que ano passado lançou a idéia e iniciou as gestões visando atrair e instalar um Hospital Sara Kubitschek na Capital paraibana.

“Quero me engajar na construção deste importante projeto, que é a implantação de um braço da Rede Sarah na Paraíba”, afirma Vital no rilise distribuído por sua assessoria. “O Doutor Ronald, por sua vez, destacou a qualidade dos profissionais da área da saúde na Paraíba”, acrescenta a matéria. Nas palavras do neurocirurgião, além de qualificados, “temos profissionais compromissados com os ideais da Rede Sarah”.

 

A Rede Sarah

O texto a seguir é formado por trechos da apresentação oficial da Rede Sarah na Internet (www.sarah.br).

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A Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação é constituída por nove unidades hospitalares localizadas em Brasília (DF), com um hospital e um Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação, Salvador (BA), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ), Macapá (AP) e Belém (PA).

Cada hospital da Rede representa um espaço para reprodução e aperfeiçoamento dos princípios, conceitos e técnicas consolidados ao longo do tempo pelo Sarah Brasília.Os conceitos agregados e aplicados, no cotidiano, pelos profissionais que atuam aqui, transformaram o Sarah em centro de referência nacional e internacional.

Os hospitais da Rede caracterizam-se por uma cuidadosa integração de sua concepção arquitetônica aos princípios de organização do trabalho e aos diferentes programas de reabilitação, definidos conforme os indicadores epidemiológicos da região em que cada unidade está inserida.

(…) Os hospitais da Rede Sarah estão interligados por tecnologias de telecomunicação desde 1997. Diagnósticos de patologias, casos e exames podem ser discutidos conjuntamente, em tempo real, por meio de vídeo-conferência, pelas equipes das diversas unidades, multiplicando o potencial e o conhecimento do staff. Também se pode consultar todos os prontuários, que são eletrônicos (informatizados), de qualquer outra unidade, promovendo o mesmo nível de qualidade de atendimento em toda a Rede e permitindo permanentes interconsultas e programas de atualização.

Uma grande causa

Tive a felicidade de ser escolhido pelo Doutor Ronald como divulgador do pleito e fiquei ainda mais gratificado porque vi, logo após a primeira coluna em que tratei o assunto, ainda no Correio da Paraíba, o então deputado federal Vital do Rêgo ser o primeiro e até aqui único parlamentar nosso no Congresso Nacional a abraçar essa grande causa.

Por essa e outras, declarei voto e votei em Vital do Rêgo para senador nas eleições 2010 e tenho certeza que outros milhares de eleitores dele devem estar igualmente satisfeitos e orgulhosos (no bom sentido) com o desempenho do político campinense no Senado Federal, onde em tão pouco já se destacou tanto entre seus pares que foi escolhido presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso.

O Maestro indexado

O professor e jornalista Arael Menezes teve o privilégio de conhecer o Maestro Joaquim Pereira, aquele que por lei deveria ser nome de escola em João Pessoa, mas não é porque o prefeito Luciano Agra não quer.

A propósito dessa inexplicável indexação (ou nem tanto?), Arael lembra Damásio Franca. O ex-prefeito da Capital dizia que a Paraíba, especialmente João Pessoa, “é profundamente ingrata com seus filhos, muitas vezes até procurando desvanecê-los, quando brilham em outros pagos”.

“Vez por outra isto se torna uma realidade maior, como é o caso levantado em sua coluna, verberando o esquecimento do maestro Joaquim Pereira, figura ímpar no cenário musical da Paraíba anterior aos anos 70, do século passado, junto com outros nomes como o de Rino Vizanni, Olegário Mororó, Severino Araújo, Tenente Lucena e Nozinho (desculpe pelo apelido, pois a memória me traiu)”, complementa.

Arael conheceu Joaquim Pereira “ao tempo em que ele comandava como Mestre (este o título oficial) a Banda de Música do então 15º Regimento de Infantaria (hoje 15º Batalhão de Infantaria – Vidal de Negreiros)”. O professor também conviveu com os filhos do maestro, dentre os quais Josildo, “que se fez cantor de rádio, com destaque nos programas de auditório da Rádio Tabajara”.

O professor recorda ainda que pouco antes de se incorporar ao Exército, como conscrito cumprindo serviço militar, assistiu às despedidas do maestro, que, promovido a um posto superior na sua carreira no Exército, foi feito Mestre da Banda da Academia do Exército, em Agulhas Negras, para onde se mudou com a família.

“Vale lembrar também que ele foi um dos primeiros residentes do Jardim Miramar, para onde regressou quando aposentado (reformado) e onde recebia homenagens especiais de seus ex-conduzidos na Banda do 15º RI, que faziam uma alvorada, com retreta, em sua porta em todos os seus aniversários”, revela Arael.

Na coluna sobre o Maestro Joaquim Pereira, publicada na quarta (20), esqueci de dizer que ele saiu ao pai: aos oito anos, lá em Caiçara, já era marceneiro dos bons e músico dos melhores, tal e qual Seu José de Oliveira e Silva, que também atendia pelo nome de José Faustino.

Faltou dizer também que Joaquim Pereira jamais tocou ‘forró de plástico’. Nem formou dupla sertaneja com seu ninguém, o que torna ainda mais estranho o veto ao seu nome por esse que é uma das pétalas mais vívidas da República dos Girassóis.