A criação da CPI dos Combustíveis, aprovada nesta semana na Câmara Municipal de João Pessoa, mobilizou a maioria dos parlamentares, mas também expôs divergências internas na Casa Napoleão Laureano. O requerimento, de autoria do vereador Guguinha Moov Jampa (PSD), recebeu 20 assinaturas (número suficiente para sua instalação), mas outros nove vereadores optaram por não apoiar formalmente a iniciativa.
A CPI terá a missão de investigar possíveis práticas de cartel e abusos nos preços dos combustíveis na capital paraibana. Entre os indícios citados no pedido estão a uniformização artificial dos preços em diversos postos, a falta de repasse das reduções anunciadas pelo Governo Federal e aumentos repentinos considerados abusivos, sem justificativa plausível.
Vereadores que não assinaram o requerimento:
Dinho Dowsley
Marcos Bandeira
Raoni Mendes
Eliza Virgínia
Toinho Pé de Aço
Chico do Sindicato
Damásio França
Durval Ferreira
Edmilson Soares
Segundo o autor do pedido, a Câmara Municipal de João Pessoa pretende colher provas, ouvir representantes do setor e órgãos fiscalizadores e, ao final, apresentar um relatório conclusivo ao Ministério Público e demais autoridades competentes. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 120 dias.
Nos bastidores, a ausência de assinaturas de quase um terço dos parlamentares levanta questionamentos sobre o alinhamento político em torno da investigação.