Não é pouco. A simbologia é muito forte, uma vez que Cássio nunca perdeu uma eleição em sua vida pública, além de praticamente representar na política paraibana a cidade de Campina Grande, tida como fator decisivo nos pleitos estaduais.
Ricardo, que em 2010 se juntou com Cássio para derrotar o então governador do estado, José Maranhão (PMDB), este, aliançado com o PT, agora, recebeu apoio decisivo do peemedebista, e seus aliados, entre os quais se destacam os irmãos Vital e Veneziano, de Campina Grande; e, também, do PT de Luciano Cartaxo, que já foi vice-governador de Maranhão.
O lance que levou o PMDB e o PT aos braços de Ricardo, agora (a ausência de Marina do segundo turno eleitoral e a vinculação de seu adversário Cássio a Aécio), foi um lance de sorte. Mas, dá relevo à capacidade de Coutinho em atrair lados contrariados da política da Paraíba mais fundada na tradição, em favor do seu projeto.
Sem pertencer a família tradicional na política estadual paraibana, a partir de agora, Ricardo tende a se firmar, pelo respeito de todos, em líder maior da Paraíba, nos próximos quatro anos. Claro, se mantiver unida a base que o elegeu, agora, representadas pelo PMDB e pelo PT.
Se vai precisar da base do PT, no estado, do deputado federal Luiz Couto, e dos dois deputados petistas na Assembleia Legislativa, vai precisar também, dos dois senadores peemedebistas, nas figuras de José Maranhão e Vital do Rego, em Brasília.
Capacidade para gerenciar o estado, Ricardo já demonstrou, o que pode ser comprovado pelo prestígio popular do seu governo. Agora, vai precisar derrubar a imagem de ser incapaz de se relacionar bem com os políticos.
Se tudo der certo, Ricardo dita as cartas da sucessão municipal em João Pessoa e em Campina Grande, e em boa parte do interior do estado, daqui a dois anos. E, daqui a quatro, pode definir o agrupamento favorito às eleições de 2018.
