Polícia Federal abre 10 inquéritos para investigar crimes eleitorais na Paraíba

O delegado Antonio Delfino de Castro revelou ontem que a Polícia Federal abriu, em Campina Grande, cerca de dez inquéritos para apurar denúncias de crimes eleitorais este ano. Entre eles, os que envolvem o deputado estadual eleito Tovar Correia Lima (PSDB), o empresário Bruno Roberto, filho do deputado federal reeleito Wellington Roberto (PR) e a deputada estadual não reeleita Olenka Maranhão (PMDB).

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O delegado Antonio Delfino de Castro revelou ontem que a Polícia Federal abriu, em Campina Grande, cerca de dez inquéritos para apurar denúncias de crimes eleitorais este ano. Entre eles, os que envolvem o deputado estadual eleito Tovar Correia Lima (PSDB), o empresário Bruno Roberto, filho do deputado federal reeleito Wellington Roberto (PR) e a deputada estadual não reeleita Olenka Maranhão (PMDB).
“Ocorreram alguns flagrantes, como foram divulgados pela imprensa. O prazo que a lei dá para a conclusão de um inquérito é de 30 dias. Depois, vai ser encaminhado para o respectivo juiz eleitoral”, explicou o delegado.
Como o flagrante envolvendo Tovar ocorreu nas Malvinas, o inquérito será enviado para a juíza da 72ª Zona Eleitoral, Renata Barros. O tucano foi detido, na madrugada do dia 4 de outubro, no bairro das Malvinas, suspeito de compra de votos. Durante uma abordagem, os policiais encontraram dentro de dois carros, que acompanhavam Tovar, dez cestas básicas e material de construção, além de material de campanha eleitoral. Uma lista com nomes de eleitores foi encontrada. Outras duas pessoas também foram detidas. Todos já foram liberados depois de pagamento de fiança.
No dia 3 de outubro, à noite, cinco pessoas foram detidas por suspeita de compra de votos em Campina Grande. Entre elas, estava Bruno Roberto, que foi flagrado, no bairro da Catingueira, com carro com contas de energia e água pagas, fraldas descartáveis, brinquedos, alimentos, material de campanha e uma quantia não informada em dinheiro. O advogado Gilberto Aureliano, que defende Tovar Correia Lima e Bruno Roberto, acredita que eles serão inocentados, pois não estão envolvidos com compra de votos.
Outro inquérito envolve o nome da deputada Olenka Maranhão. No dia 4, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu, na BR-230, nas proximidades de Campina Grande, um veículo Triton contendo cerca de R$ 27 mil e propaganda da candidata. O dinheiro estava separado em envelopes com nomes de pessoas a quem deveria ser entregue. A defesa de Olenka nega qualquer envolvimento dela com compra de votos.
Centro de Comando – Na próxima sexta-feira, será instalado o Centro de Comando e Controle (CCC), em Campina Grande, responsável pelo gerenciamento e distribuição de demandas relacionadas à segurança das Eleições 2014. Os centros, que vão funcionar também em João Pessoa e Patos, são integrados por servidores representantes, devidamente designados pelos dirigentes das respectivas instituições, da Justiça Eleitoral, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Ainda serão designados os juízes diretores dos Fóruns Eleitorais de João Pessoa, Campina Grande e Patos como elos entre os representantes das instituições referenciadas e o Tribunal Regional Eleitoral.
Reunião – Ontem, à tarde, as juízas eleitorais Érica Soares, Giovanna Lisboa, Michelini de Oliveira Jatobá e Renata Barros se reuniram com os promotores e representantes dos órgãos de segurança. Mais de mil homens vão atuar no segundo turno das eleições em Campina.
O maior contingente será da Polícia Militar. O coronel Lívio Delgado, comandante do 2º BPM, revelou que 660 militares estão à disposição da Justiça Eleitoral para atuar nas zonas de Campina. Os demais homens são das polícias Federal, Rodoviária Federal e Civil, Bombeiros e Exército.